Polícia procura guarda que matou a ex em bairro mais populoso de Campo Grande, mas só acha objetos pessoais

O guarda municipal é suspeito de matar a tiros a ex namorada e um amigo dela, na madrugada do dia 1º de março. Guarda municipal que matou a ex está foragido

Reprodução/TV Morena

Uma força-tarefa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul fez nesta quinta-feira (5) durante a operação Marias, uma busca no bairro Aero Rancho, o mais populoso de Campo Grande, ao guarda municipal Valtenir Pereira da Silva.

O guarda municipal é suspeito de matar a tiros a ex namorada e um amigo dela, na madrugada do dia 1º de março. Ele ainda atirou na esposa do homem, que também era amiga de sua ex. Ferida, foi socorrida e levada para um hospital. Após ter alta está sob a proteção da polícia.

Segundo a Polícia Civil, a operação Marias foi realizada em todo o país, com o objetivo de cumprir mandados de prisão de suspeitos de envolvimento em casos de violência doméstica. Em Campo Grande, a ação teve como foco principal a busca ao guarda municipal.

A polícia aponta, que conforme denúncia anônima, Silva estaria escondido na casa de familiares no bairro Aero Rancho. Com apoio de diversas equipes das delegacias de Atendimento a Mulher (DEAM), Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Defurv), de Repressão ao Narcotráfico (Denar), de Atendimento à Infância e Juventude (Deaij), de Proteção a Criança e ao Adolescente (Depca) e de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros (Garras), além de apoio aéreo, foram realizadas buscas em toda a região.

Nas buscas foram apreendidos uniformes do guarda municipal, carteira funcional e outros pertences pessoais do suspeito. De acordo com a polícia, os objetos encontrados indicariam que o suspeito teria conseguido fugir momentos antes da chegada dos policiais ao local.

A polícia alertou aos familiares que auxiliar um autor de crime em fuga também é crime. O guarda municipal já teve decretada pela Justiça a prisão preventiva por feminicídio, homicídio e também tentativa de assassinato.

Entenda o caso

Maxelline participava de um churrasco com amigos e a filha em uma casa no Jardim Noroeste. Na madrugada de domingo (1º), Valtenir foi até o local e a chamou para conversar. Eles discutiram e ele então atirou na cabeça dela.

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A amiga de Maxelline viu o crime e, ao correr para pedir ajuda, foi baleada e está hospitalizada. O marido dela, o promotor de vendas Sterferson, também foi atingido e morreu.

O casal ficou junto por sete meses. Em 17 de fevereiro, a estudante de pedagogia registrou boletim de ocorrência contra Valtenir, o qual estava impedido de se aproximar dela.

A Guarda Municipal não sabe se arma usada por Valtenir é a que ele usa em serviço. Porém, todas foram atingidas por projétil calibre 38, o mesmo usada pela corporação. Somente a perícia irá constatar.

Valtenir era capacitado para atender mulheres vítimas de violência doméstica. O caso é apurado pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).