Chamas avançam em fazendas e Bombeiros seguem para o Pantanal do Nabileque

Chamas avançam em fazendas e Bombeiros seguem para o Pantanal do Nabileque

As chamas avançam há três dias pelos campos da Fazenda Brasil Fronteira, na região do Nabileque, Pantanal ao Sul de Corumbá, a 444 quilômetros de Campo Grande. No local, cinco bombeiros – com apoio de brigadistas do PrevFogo -, foram enviados nesta quarta-feira (12), com suporte de uma viatura.

A ajuda foi solicitada por proprietários da região. "Tentamos apagar, mas o fogo se alastra e danificou alguns equipamentos que estavam sendo usados no combate pelos peões", informou o dono da fazenda, Geraldo Pinheiro. Ele disse que os peões estão manejando o gado, mas como a região enfrenta rigorosa seca e a vegetação muito alta favorecem ao fogo. "Os bombeiros são a nossa última esperança", completou.

O portal oficial do Governo divulgou que, como a região é de difícil acesso, os bombeiros chegaram ao local após nove horas de viagem por estradas boiadeiras. A fazenda fica localizada abaixo do Forte Coimbra, onde o Rio Paraguai sinaliza a fronteira seca entre Brasil e Paraguai.


Fogo no entorno de Corumbá

O Corpo de Bombeiro mantém as ações de combate aos focos de calor no entorno da cidade de Corumbá. Na terça-feira (11), uma equipe realizou o combate direto com abafadores e bombas costais na Baía do Tamengo, próximo à fronteira com a Bolívia. O deslocamento dos bombeiros foi feito por embarcação da Marinha.

Houve também ação para controle de um incêndio no Bairro Alta Floresta, entre Corumbá e Ladário. Na quarta-feira pela manhã, uma equipe de bombeiros deslocou-se ao assentamento Paiolzinho para vistoria da região. O comando das operações monitora a situação na fronteira com a Bolívia: o fogo ameaça atingir os portos do vizinhos país, onde estão atracadas embarcações com combustível.

Levantamento do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aponta que de 1° de janeiro a esta quarta-feira (12), cerca de 1,5 milhões de hectares já foram destruídos com os incêndios.


Segundo o instituto, as equipes do Prevfogo/Ibama, Corpo de Bombeiros, brigadistas e Forças Armadas priorizaram a região da Estrada-Parque e Assentamento 72, áreas de preservação e que também abriga moradores rurais.