Com manutenção da bandeira amarela, MPPR questiona critérios da prefeitura de Curitiba; "Ineficaz"

Com manutenção da bandeira amarela, MPPR questiona critérios da prefeitura de Curitiba;

Na petição, o MPPR requer ao Juízo a análise do mérito do pedido feito na ação civil pública, no sentido de que o Município de Curitiba, enquanto durar o estado de emergência de saúde pública decorrente da pandemia, oriente-se a partir de matriz de risco adequada à prevenção e ao enfrentamento da Covid-19. De acordo com boletim da Secretaria Municipal de Saúde desta segunda-feira (23), foram registrados 1.339 novos casos e dez novas mortes causadas pela doença.

A Promotoria de Justiça sustenta que a matriz de risco atualmente utilizada pelo Município vem se mostrando ineficaz na prevenção e adoção de providências resolutivas para o enfrentamento da pandemia, sobretudo porque não permite a identificação eficiente de possíveis ameaças e vulnerabilidades causadoras dos riscos sanitários, não indica os métodos de cálculo e de avaliação desses riscos, não estabelece ordem de prioridade a ser levada em consideração nesses cálculos e avaliações de risco e tampouco permite explicitar as providências e ações de controle propostas a partir da metodologia seguida.

Ao demonstrar as fragilidades da matriz adotada, o MPPR argumenta que "o Município de Curitiba vem trilhando caminho contrário ao proposto pelas autoridades sanitárias do Estado do Paraná e pelos referidos Conselhos (Conselho Nacional de Secretários de Saúde e Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde)".

Para o MPPR, tal ordem de coisas tem estimulado a diminuição do isolamento social entre a população do município, o que aumenta os riscos de propagação do coronavírus.

Situação

Curitiba registrou, nesta segunda-feira (23), 1.339 novos casos de Covid-19 e dez óbitos. Além disso, até esta segunda-feira eram 11.232 casos ativos na cidade, correspondentes ao número de pessoas com potencial de transmissão do vírus. Este é o maior número de casos ativos desde o início da pandemia.

Três hospitais públicos com leitos exclusivos para Covid-19 pelo SUS de Curitiba estão com as Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) lotadas. São eles: o Hospital de Clínicas, o Hospítal Evangélico e o Hospital do Trabalhador, que também está sem vagas na enfermaria.

A nova onda de Covid-19 também atinge os hospitais particulares. o Hospital Nossa Senhora das Graças e o Hospital Sugisawa. O Hospital Marcelino Champagnat está colapsado desde a última terça (17) e, não há sinal de abrir vagas nos quartos e UTIs.

Outro lado

A Banda B procurou a prefeitura de Curitiba sobre as afirmações do MPPR e a resposta foi:

"A Prefeitura de Curitiba aguarda a manifestação da Justiça."

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