Menina de 5 anos é estuprada e morta no AM; adolescente suspeito é apreendido

“Ainda em depoimento, o adolescente disse que a criança desmaiou durante o ato sexual”, diz um trecho da nota da SSP-AM, a partir de informações sobre o depoimento

Menina de 5 anos é estuprada e morta no AM; adolescente suspeito é apreendido

“Ainda em depoimento, o adolescente disse que a criança desmaiou durante o ato sexual”, diz um trecho da nota da SSP-AM, a partir de informações sobre o depoimento do garoto repassadas pelo gestor da Delegacia Interativa de Polícia de Barreirinha, investigador Eneas Cardoso.

De acordo com o investigador, o adolescente tentou ocultar o cadáver da menina enterrando-o parcialmente em uma cova rasa, mas acabou detido depois de ser denunciado à polícia por outros moradores, que o identificaram por causa de uma camisa, que ele deixou cair na casa da vítima quando invadiu o local.

Apreendido por ato infracional análogo aos crimes de estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver, o adolescente contou três versões diferentes para o crime, segundo o investigador. Em uma delas ele apontou o envolvimento de dois homens, que chegaram a ser detidos, mas foram soltos por falta de provas, após o adolescente afirmar, em outro depoimento, que se tratava de uma falsa acusação que ele teria feito por medo.

Cardoso disse, por meio da assessoria de imprensa da Polícia Civil, que a investigação apontou o adolescente como único autor do delito e que o inquérito policial já foi finalizado e encaminhado à Justiça, assim como o adolescente apreendido.

A Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania do Amazonas (Sejusc) informou que o adolescente está na UIP desde sábado, mas que não pode informar detalhes porque o caso tramita em segredo de justiça, como determina o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

O adolescente apreendido pelo estupro e homicídio da menina indígena em Barreirinha tem o mesmo perfil da maioria das 83 crianças e adolescentes internados nos cinco espaços socioeducativos do governo do Amazonas. A maioria são meninos –76, ante 7 meninas– de entre 16 e 17 anos. Os dados são da Sejusc, que informou que os principais atos infracionais porque estão internados são roubo e tráfico de drogas.