Voluntários em testes começam a descobrir se tomaram placebo ou Coronavac

Voluntários em testes começam a descobrir se tomaram placebo ou Coronavac

Em um prédio ao lado da enfermaria e da UTI no Emílio Ribas, fica o setor de vacinação. Foi lá que todos esses voluntários se submeteram ao teste da Coronavac, desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac junto com o Instituto Butantã. O uso emergencial do imunizante no Brasil foi aprovado pela Anvisa no último domingo e possui eficácia de 53,38%.

Chin compareceu pela última vez ao Emílio Ribas há duas semanas para entregar seu diário de anotações, 14 dias após receber a segunda dose da vacina. Antes de tomar a primeira, ele passou por uma consulta de quase quatro horas. Respondeu a um questionário, realizou exame físico, de sangue e também fez o teste do cotonete, o RT-PCR. Em seguida, aplicaram o imunizante. Aguardou por mais duas horas para verificar se teria alguma reação. Passou por nova checagem e foi liberado.

“A cada dois, três dias, recebia mensagem por Whatsapp perguntando como estava me sentindo”, explicou. Diariamente, tinha também que preencher um caderninho com cerca de 20 perguntas: se tinha febre, dor de cabeça, inchaço, diarreia…

Depois de 14 dias, recebeu a segunda dose. Ao chegar no Emílio Ribas, o mesmo processo. Exames, testes, aplicação do imunizante e mais duas horas de observação. Novo exame, e foi liberado. A próxima visita está pré-agendada para o fim de fevereiro. Isso se tiver tomado a vacina. Todos que participam do teste serão monitorados a cada três meses pelos próximos dois anos.

“Esse período corresponde à fase quatro do teste clínico (da Coronavac), que é quando é analisado os efeitos da vacina e sua duração”. Se tiver recebido o placebo, deverá receber a primeira dose da vacina nas próximas semanas.