Vacina da Pfizer é 100% eficaz contra variante sul-africana do coronavírus, apontam dados preliminares

Vacina da Pfizer é 100% eficaz contra variante sul-africana do coronavírus, apontam dados preliminares

 

“Esses dados confirmam resultados anteriores que demonstraram que a vacina BNT162b2 [nome do imunizante] induz uma resposta robusta de anticorpos neutralizantes da variante B.1.351”, diz a companhia na nota.

A Pfizer e a BioNTech anunciaram ainda que a vacina BNT162b2 mantém alta eficácia (91,3%) contra o coronavírus mesmo após seis meses depois da aplicação da segunda dose. O resultado vem da análise de dados de mais de 12 mil participantes vacinados no estudo com o imunizante.

As empresas afirmam que nenhum problema sério de segurança foi detectado nos mais de 44 mil participantes do estudo. A vacina BNT162b2 é usada nos Estados Unidos e Israel, entre outros países.

Na segunda-feira (29), o CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos) confirmou que as vacinas da Pfizer/BioNTech e da Moderna contra a Covid-19, ambas baseadas na técnica de RNA mensageiro (mRNA), têm eficácia de 90% ou mais em um estudo que leva em conta dados do uso do imunizante no mundo real, isto é, fora dos testes clínicos.

De acordo com o CDC, a primeira dose de uma das duas vacinas foi suficiente para reduzir em 80% as chances de ser infectado pelo vírus causador da Covid-19 a partir de duas semanas após a injeção. Foram avaliadas infecções sintomáticas e assintomáticas em quase 4.000 participantes de seis estados norte-americanos.

Fizeram parte do estudo do CDC profissionais da saúde e trabalhadores considerados essenciais, os primeiros a receberem as injeções e os mais suscetíveis à infecção.

As vacinas de mRNA foram a grande conquista científica de 2020. Esses imunizantes carregam o código genético do vírus que contém as instruções para que as células do corpo produzam proteínas que estimulam a resposta imunológica do organismo contra o patógeno.

Via de regra, todas as vacinas precisam carregar de alguma forma uma identificação do vírus que serve para alertar o sistema imunológico contra um invasor e dar início a produção das moléculas protetoras. As vacinas simulam uma infecção para enganar o corpo e induzi-lo a deixar a resposta imunológica formada. Assim, quando o corpo encontra o vírus ativo, capaz de gerar doença, o organismo já conta com as defesas prontas.