Europa aprova uso da vacina anti-Covid da Pfizer a partir dos 12 anos de idade

Europa aprova uso da vacina anti-Covid da Pfizer a partir dos 12 anos de idade

O CHMP observou que, devido ao tamanho reduzido do experimento, efeitos colaterais raros podem não ter sido verificados. Por isso, estudos sobre eficácia e segurança continuarão sendo feitos.

A EMA está também avaliando casos muito raros de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e pericardite (inflamação da membrana ao redor do coração) que ocorreram após o uso da vacina da Pfizer em pessoas com menos de 30 anos de idade. Atualmente, não há indicação de que esses casos sejam por causa da vacina.

Apesar desta incerteza, a agência considerou que os benefícios do imunizante –ao evitar doenças graves e mortes– em crianças com 12 a 15 anos, principalmente nas que têm doenças que podem agravar a Covid-19, são superiores aos riscos.

Questionada sobre a crítica ao uso de vacinas em crianças nos países mais ricos enquanto algumas nações pobres não conseguiram vacinar ainda seus idosos, a agência afirmou que seu papel é avaliar o uso sob o crivo científico. “Cada país deve tomar sua decisão sobre quando e como administrar os imunizantes”, disse Cavaleri.

Os países desenvolvidos, com 15% da população mundial, concentram metade das vacinas disponíveis no mundo e em média já aplicaram uma dose em ao menos um terço de seus habitantes. Nas nações pobres, só 0,2% foi vacinado.

A EMA também está estudando a necessidade de uma terceira dose, de reforço, de vacinas contra Covid-19. “Pelas evidências até agora, não parece que haja necessidade de corrermos para dar a terceira dose”, disse Cavaleri.