Dourados terá lockdown de 14 dias para tentar frear o coronavírus

Dourados terá lockdown de 14 dias para tentar frear o coronavírus

A partir de domingo (30/5), todos os serviços considerados não essenciais estarão impedidos de funcionar em Dourados pelos próximos 14 dias. A medida é uma forma de tentar frear o avanço do coronavírus, doença que já matou 750 pessoas no município – 284 desses são de moradores de outras localidades internados na cidade.

A decisão foi tomada pelo prefeito Alan Guedes (PP) após encontros com representantes de vários setores da sociedade, incluindo empresários e promotores de Justiça.

Os estabelecimentos aptos e a forma de funcionamento serão publicados em Diário Oficial. O chefe do Executivo fará um pronunciamento nas redes sociais até as 10h30.

O lockdown ocorre diante do crescente aumento dos casos de coronavírus e da fila de espera por leitos de UTI Covid, que na quinta chegou a 53 pessoas.

A cidade, polo de uma região com mais de 30 municípios, vive a mais forte onda da doença desde o início da pandemia.

No ano passado, Dourados chegou a ser classificado como "epicentro" dos casos de coronavírus no Mato Grosso do Sul, porém, sem o "estrangulamento" atual no sistema de saúde pública.

Bandeira cinza

Na terça-feira (25/5), o município foi classificado com "bandeira cinza" pelo Prosseguir, ferramenta criada pelo Governo do Estado para monitoramento durante a pandemia, indicando grau extremo de risco de contágio do coronavírus.

Diante da ocasião, através de decreto a prefeitura ampliou o horário do toque de recolher para iniciar às 20h – antes era 21h -, seguindo até 5h do dia seguinte. O documento tem validade até 29 de maio e manteve as atividades já estabelecidas nas determinações anteriores.

Até o momento, 31.200 douradenses testaram positivo à doença. Conforme o boletim epidemiológico mais recente, publicado na manhã desta quinta-feira, 28.473 são considerados recuperados.

Outros 2.117 encontram-se com o vírus e em isolamento domiciliar. Já 166 estão internados entre enfermarias (91) e UTI"s (75), em hospitais públicos e privados.


Fonte: DouradosNews