Olimpíada de Tóquio: saiba quem são os brasileiros favoritos ao ouro

Gabriel Medina é o atual líder do ranking mundial do surfe e um dos favoritos ao ouro em Tóquio - Foto: Matt Dunbar/World Surf League via Getty...

Olimpíada de Tóquio: saiba quem são os brasileiros favoritos ao ouro

Gabriel Medina é o atual líder do ranking mundial do surfe e um dos favoritos ao ouro em Tóquio - Foto: Matt Dunbar/World Surf League via Getty Images/Direitos Reservados

O editor do Surto Olímpico ainda levanta o favoritismo de três competidoras em outra nova modalidade olímpica (saiba mais sobre os esportes novatos). Para ele, Pâmela Rosa, de 22 anos, a caçula do time Rayssa Leal, de 13, (que são líderes do ranking mundial) e Letícia Bufoni, de 28, do skate (categoria street) são nomes esperados no pódio. Porém, André Rossi pondera que as atletas japonesas na categoria são ótimas. “Então, pode dar as três brasileiras no pódio ou mesmo as três japonesas”. Para ele, a competição está em aberto.

Lincoln Chaves, que cobriu a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos de 2016 no Rio, pela EBC, reitera, inclusive, que mesmo elas sendo jovens, têm bagagem para fazer história. "Existe a pressão natural de Olimpíada. Elas são jovens esportistas, mas muito acostumadas a competições grandes".

Pâmela Rosa, Rayssa Leal e Leticia Bufoni

Pâmela Rosa, Rayssa Leal e Leticia Bufoni no Mundial de Street, disputado em Roma no mês de junho - Foto: Julio Detefon/CBSK/Direitos Reservados

Com três pódios em 2016, o canoísta Isaquias Queiroz, (canoagem velocidade 1.000 metros, categoria C1), que é campeão mundial, é outro favorito ao ouro, no entender dos especialistas consultados. Ele também vai competir em dupla (C2, na mesma distância) com Jacky Goodman, mas terão concorrências que deixam a tarefa mais difícil.

Para Wesley Felix, a seleção brasileira de vôlei masculino é também “muito favorita ao ouro”. André Rossi concorda que a equipe comandada por Renan Dal Zotto, campeã da última Liga das Nações, é candidata forte para conquistar o terceiro título olímpico. “É muita tradição”.

Para Lincoln Chaves, da EBC, a conquista da Liga das Nações e a continuidade da equipe técnica e do elenco credencia a equipe para o ouro. Os entrevistados não afastam a possibilidade de um bicampeonato para o futebol masculino, mas que enfrenta concorrência principalmente da Espanha.

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Seleção de vôlei celebra a inédita conquista da Liga das Nações, em junho passado - Foto: Divulgação/FIVB/Direitos Reservados

Para ficar de olho

Os profissionais entendem que, embora não sejam favoritos, existem outros atletas que podem surpreender e chegar ao título. “Na esgrima tem a Nathalie Moellhausen, campeã mundial, mas no ano de 2019. No ano passado, não teve mundial. É chance de medalha, até de ouro, mas também é um torneio bem imprevisível”, pondera André Rossi.

A brasileira Nathalie Moellhausen conquistou um resultado inédito para esgrima brasileira, a medalha de ouro no Campeonato Mundial, em Budapeste, capital da Hungria.

Em 2019, a ítalo-brasileira Nathalie Moellhausen conquistou um resultado inédito para esgrima brasileira: a medalha de ouro no Campeonato Mundial - Foto: Flávio Florido/Exemplus/COB/Direitos reservados

Na vela, a dupla Martine Grael e Kahena Kunze, na classe RS:FX, são citadas pelos profissionais como potenciais medalhistas. “São campeãs olímpicas e estão muito bem. Mas, claro, elas têm adversárias fortes e dependem de como o tempo estará”, afirma Rossi. Lincoln Chaves considera que a dupla é forte candidata ao bi.

No vôlei de praia, as principais chances, segundo eles, estão com a dupla feminina Ágatha e Duda, embora não descartem Ana Patrícia e Rebecca. Para o masculino, a tarefa de Evandro e Bruno Schmidt é de tentar superar os favoritos noruegueses (Sorum e Mol).

A jornalista Marília Arrigoni, também da equipe de esportes da EBC, aposta que é necessário observar de perto também Ana Satila, na canoagem slalom, e Henrique Avancini no Mountain Bike.

Os entrevistados, aliás, consideram que Avancini seria uma surpresa, mas que não é improvável. Como não é Marlon Zanotelli, no hipismo, que entrou para o top 10 do ranking mundial.

Mesmo com os palpites, os profissionais especialistas, que acompanham esporte de perto, reiteram que previsões podem cair por terra diante do inusitado, de um vento a mais, de uma onda maior, de um segundo a menos, de concentração diferente e até de uma inspiração que nem sempre é matemática.

Acompanhe a cobertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio na Agência Brasil: