"Vão falar que matei", diz Gabriel Monteiro sobre ex-assessor morto

“Após tentarem me forjar em estupros, pedofilias, assédios, e mil outros crimes. Vão falar que eu o matei. De coração, que ele esteja com Deus. Imagino a dor dos seus pais, pessoas maravilhosas”, afirmou o vereador.

Hayden foi um dos assessores que denunciou Monteiro pela prática de supostos estupros e episódios de assédio sexual e moral, além de manipulação de vídeos, entre outras irregularidades. O vereador nega todas as acusações.

O ex-assessor morreu na noite deste sábado (28), quando o carro em que estava capotou na RJ-130, rodovia que liga as cidades de Teresópolis e Friburgo (RJ). Na última quinta-feira (26), Hayden havia deposto contra Monteiro na Câmara Municipal do Rio e relatado que vinha sofrendo ameaças.

ACIDENTE

A ocorrência que resultou na morte de Vinícius foi registrada na 110ª Delegacia de Polícia, de Teresópolis. Segundo a Polícia Civil, uma testemunha que estava com a vítima disse que não houve interferência de terceiros no acidente.

“Os agentes realizaram perícia no local e tudo indica para a perda de direção do motorista ao adentrar na curva existente na rodovia. A sobrevivente foi ouvida e descartou qualquer tipo de intervenção de terceiros. Diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias do acidente”, relatou a Polícia Civil, em nota.

Em entrevista ao Estadão, Hayden relatou que todos os vídeos dos chamados “experimentos sociais” eram manipulados. Em depoimento à Polícia Civil, ele contou que era responsável por investigar vereadores e outras pessoas indicadas por Monteiro para levantar informações para serem usadas em vídeos do vereador nas redes sociais.

“Eu confirmei tudo aqui. Meu compromisso é com a verdade. Tudo o que eu disse na delegacia eu reafirmei aqui. Tenho recebido ameaças, vou registrar na delegacia e tenho andado com seguranças”, disse Hayden, na última quarta-feira, 25, após depoimento que durou cerca de três horas.

Outro ex-assessor do vereador, Heitor Monteiro afirmou que sofreu assédio moral e sexual durante o período em que trabalhou para Monteiro.