Medida provisória que reformula programa de concessões deve perder validade

O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, ao lado do presidente Jair Bolsonaro

Antonio Cruz/Agência Brasil

O ministro da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, responsável pela articulação política do governo, até tentou, mas não conseguiu incluir na pauta da Câmara e do Senado a votação da medida provisória 882, que reformula o Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Com isso, a MP deve caducar, ou seja, perder validade.

Ramos foi ao Congresso para conversar com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Mas as duas Casas estavam dedicadas à sessão do Congresso.

Mesmo com a missão frustrada, Ramos disse que encerrava o dia "muito feliz". Ele contou que está em marcha a construção de uma base parlamentar do governo e revelou ter recebido um grupo de 16 deputados que quer apoiar o governo.

"O governo Bolsonaro terá sua base parlamentar. Mas [a base] não pode ser governo com a popularidade alta e oposição quando não se sente atendido", afirmou.

Até aqui, o presidente Bolsonaro não fez qualquer esforço para ter uma base parlamentar. Ramos quer haja a base "como todo governo sempre teve".