"Sarampo se transmite mais fácil que covid-19", diz epidemiologista da UnB

Depois do registro do primeiro caso da doença em quatro anos, no DF, a cidade ficou preocupada. Para o especialista, é importante a população se imunizar. "Não há risco nenhum em tomar a vacina", destaca

"Sarampo se transmite mais fácil que covid-19", diz epidemiologista da UnB

O Distrito Federal ficou em alerta nesta semana com o anúncio de um caso de sarampo após quatro anos livre da doença. Desde novembro do ano passado, o Brasil tem o selo de país sem registro do sarampo. No entanto, a baixa cobertura vacinal e a alta transmissibilidade do sarampo são fatores que preocupam os especialistas. Para falar sobre o assunto, o professor epidemiologista Wildo Navegantes, da Universidade de Brasília (UnB), foi o entrevistado do CB. Saúde, de ontem, pelas jornalistas Carmen Souza e Sibele Negromonte.

Navegantes destacou a importância de vacinar as crianças, sobretudo nesta época do ano, marcada pelo início do outono. "É bom falar que o Brasil conseguiu controlar a doença com a imunização", ressaltou. Ele chamou atenção para a nova geração de mães, que nasceram após o controle do sarampo e não conheceram os riscos da doença de perto. Por isso, é importante deixar em dia a caderneta de vacinação dos filhos.

"O sarampo se transmite muito mais fácil que a própria covid-19", alertou. Embora o Brasil tenha retomado o certificado de país livre do sarampo, o epidemiologista advertiu que "basta não mantermos a cobertura vacinal alta, e não fazermos nosso trabalho de vigilância", para que o país volte a ser afetado pela doença.

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