Dakila Pesquisas investiga anomalias que provocam terremotos na região sudoeste de MS
Em Bonito, interior de Mato Grosso do Sul, um tremor de terra na manhã de terça-feira, 3 de junho, assustou moradores da cidade turística localizada a 297 km de Campo Grande. Pessoas relataram um forte estrondo e vibração tanto na zona urbana quanto na rural. Segundo o Centro de Sismologia da USP, o abalo teve magnitude 1.7 na escala Richter e foi o décimo registrado no estado neste ano. Ao mesmo tempo, cresce significativamente o número de relatos e vídeos sobre aparições anormais no céu, com objetos não identificados, inclusive em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul.
Afinal, o que uma coisa tem a ver com a outra? A resposta está na sigla: SAA (do inglês South Atlantic Anomaly), que, em bom português, significa para Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS). Trata-se de uma região onde a parte mais interna do cinturão de Van Allen se aproxima ao máximo da superfície da Terra. O resultado é que para uma dada altitude, a intensidade de radiação é mais alta nesta região do que em qualquer outra.
A Anomalia Magnética do Atlântico Sul (AMAS) é produzida por um "mergulho" no campo magnético terrestre nessa região, causada pelo fato de que o centro do campo magnético terrestre está deslocado cerca de 450 km em relação ao centro geográfico terrestre.
A AMAS afeta satélites e outras espaçonaves que operam a algumas centenas de quilômetros de altitude, com inclinações orbitais entre 35° e 60°. Nessas órbitas, os satélites atravessam periodicamente a região da anomalia e ficam expostos por vários minutos, às intensas radiações presentes. A Estação Espacial Internacional, que orbita com inclinação de 51,6, necessitou de um revestimento especial para lidar com o problema. O Telescópio Espacial Hubble não faz observações enquanto cruza a região.
A Anomalia apresenta um deslocamento para a direção oeste, com uma velocidade de aproximadamente 0,3 ° por ano – taxa muito próxima da rotação diferencial entre o núcleo da Terra e sua superfície, estimada entre 0,3 ° e 0,5 ° por ano.
O Cinturão de Van Allen, por sua vez, é uma região onde ocorrem diversos fenômenos atmosféricos devido a concentrações de partículas no campo magnético terrestre. Foi descoberto em 1958 por James Van Allen, que elaborou um experimento de raios cósmicos embarcado na sonda americana Explorer 1, lançada em janeiro do mesmo ano. As radiações de Van Allen não ocorrem, salvo em exceções, nos polos, mas sim na região equatorial. Elas formam dois cinturões em forma de anéis, com centro no equador. O mais interno se estende entre as altitudes de mil e cinco mil quilômetros, com intensidade máxima, em média aos três mil quilômetros. Esse Cinturão é composto por prótons altamente energéticos, que se originam pelo decaimento de nêutrons produzidos quando raios cósmicos, vindos do espaço exterior, colidem com átomos e moléculas da atmosfera terrestre.
Parte desses nêutrons é ejetada para fora da atmosfera e se desintegra em prótons e elétrons ao atravessar esta região do cinturão. Essas partículas se movem em trajetórias espirais ao longo de linhas de força do campo magnético terrestre. No Brasil, os fenômenos decorrentes da Anomalia do Atlântico Sul vêm sendo estudados há mais de duas décadas por Dakila Pesquisas, presidido por Urandir Fernandes de Oliveira. Ele explica que, para os pesquisadores do instituto sul-mato-grossense, "trata- se mais do que um distúrbio magnético. Representa uma janela energética, uma zona donde o campo eletromagnético se enfraquece, favorecendo a manifestação de realidades, antes invisíveis".
Convém lembrar que a Cidade Zigurats, construída por Dakila, está localizada sobre a Serra de Maracaju, na zona rural de Corguinho, no epicentro da Anomalia do Atlântico Sul.
De acordo com as pesquisas de Dakila, quando se tem um fenômeno no campo magnético de uma região, significa que há uma depressão no local, ou seja, um ponto onde o campo magnético é mais fraco. Entende-se por depressão uma área menos afetada por um fenômeno natural, como por exemplo, a parte mais funda de uma batida em um carro, ou a região mais baixa de uma cadeia montanhosa.
Para entender esse processo, é preciso saber que no núcleo externo da Terra, há ferro e níquel em estado de fusão, a aproximadamente três mil quilômetros de profundidade. Esse fluído está em constante movimento, gerando correntes elétricas e, consequentemente, um campo magnético terrestre. Esse campo funciona como a proteção contra a absorção de radiações pelo planeta. Onde o campo magnético é mais forte, ele consegue bloquear essas energias com mais facilidade; nas regiões onde é mais fraco, a proteção é menor. Portanto, quem se encontra nessas áreas absorve com mais facilidade as influências desas radiações.

Otávio Reis, pesquisador de Dakila, explica que as alterações também ocorrem na carga elétrica, inclusive em seres vivos, aumentando a condutividade elétrica da pele, do coração e do cérebro humano. Isso pode provocar alterações, ainda que pequenas, na pressão arterial e nos batimentos cardíacos, além de causar micro alterações, que impactam diretamente na maior ou menor clareza mental.
Por isso, quando se está sob a Anomalia, pode-se ser impactado por essas consequências em função do equilíbrio físico, mental e emocional em que se encontra o indivíduo. Pesquisas de Dakila indicam que pessoas que não estão acostumadas com essa alteração magnética podem, no início, apresentar alguma oscilação no sistema imunológico, caso não cuidem da saúde e da alimentação. Exercícios físicos e equilíbrio emocional também ajudam a manter a estabilidade nesse caso. Depois o organismo vai se adaptando a essas novas condições.
Há outros efeitos muito positivos. As condições geradas pela anomalia acabam facilitando em muito o desenvolvimento de habilidades extrassensoriais, que são o ato de aprender a ter controle das frequências cerebrais aceleradas e equalizadas, de maneira consciente. Portanto, a anomalia te permite acelerar as habilidades cerebrais, provocando grande desenvolvimento, principalmente para quem tem interesse ou estuda a fenômenos ainda não estudados ou divulgados pelas ciências tradicionais, a chamada Ciência Lilarial".

Os resultados e efeitos práticos da Anomalia do Atlântico Sul, especialmente na faixa do paralelo 19, que possui vórtices eletromagnéticos, segundo Dakila, justificam a grande migração — e até o interesse de curiosos — para esta região do Brasil e, em especial, de Mato Grosso do Sul. Urandir Fernandes relata que, nos últimos anos, centenas de pessoas se mudaram para Campo Grande e para a região de Corguinho/Rochedo. "Essas pessoas querem ficar perto dessa energia e dos estudos que desenvolvemos", finaliza.