Banco Mundial anuncia liberação de US$ 200 bilhões para ações climáticas

O anúncio foi feito durante as negociações da Conferência do Clima da ONU. Dinheiro deve ser investido entre 2021 e 2025.

A presidente do Banco Mundial, Kristalina Grigorieva, na COP24. - Foto: Twitter (Kristalina Grigorieva)

A presidente do Banco Mundial, Kristalina Grigorieva, na COP24. - Foto: Twitter (Kristalina Grigorieva)

O Banco Mundial anunciou, nesta segunda-feira (3), durante a Conferência do Clima da ONU (COP24), um investimento de US$ 200 bilhões (cerca de R$ 773 bilhões) para "apoiar países a tomarem ações climáticas ambiciosas". O dinheiro deve ser investido entre 2021 e 2025.

De acordo com Kristalina Georgieva, presidente do Banco Mundial, metade desse dinheiro deve ir para "construir casas, escolas e infraestruturas melhor adaptadas, e investir em agricultura inteligente, gestão sustentável de água e redes de segurança social."

US$ 100 bilhões (cerca de R$ 387 bilhões) são recursos do próprio Banco Mundial. A outra parte do dinheiro virá de financiamento combinado e de capital privado mobilizado pela entidade. 

"Cabe a cada um de nós fazer tudo o que pudermos para lidar com as mudanças climáticas. Se não o fizermos, nossos filhos e netos não nos perdoarão ", declarou Georgieva durante a COP24, que acontece até 14 de dezembro em Katowice, na Polônia. 

De acordo com o comunicado publicado no site do Banco Mundial, algumas das ações incluirão o apoio a previsões de alta qualidade, sistemas de alerta antecipado e serviços de informação climática para melhor preparar 250 milhões de pessoas em 30 países em desenvolvimento para riscos climáticos. Além disso, os investimentos esperados construirão sistemas de proteção social mais sensíveis ao clima em 40 países e financiarão investimentos em agricultura inteligente em 20 nações.

O financiamento de ações para lidar com as mudanças no clima é um dos temas em discussão na Conferência, que tenta definir um "livro de regras" sobre como deve funcionar o Acordo de Paris, ratificado em 2015. 

Os países do Hemisfério Sul esperam que a comunidade internacional amplifique seus objetivos de redução de emissões de gases que provocam o efeito estufa. Além disso, pretendem recordar ao Norte a promessa de aumentar o financiamento das políticas climáticas nos países em desenvolvimento a 100 bilhões de dólares por ano até 2020.