Um mês após morte de mulher achada carbonizada dentro de carro, família pede justiça: 'Estamos em processo de aflição'

Um mês após morte de mulher achada carbonizada dentro de carro, família pede justiça: 'Estamos em processo de aflição'

Ludmila Aragão Campos desapareceu no dia 27 de janeiro e corpo dela foi encontrado dia 28. Suspeito de matar Ludmila é ex-namorado dela, que teve prisão preventiva decretada pela Justiça e é considerado foragido. Família de mulher pede justiça um mês após corpo ser encontrado em São Sebastião do Passé

Um mês após a morte de Ludmila Aragão Campos, de 41 anos, que teve corpo encontrado carbonizado dentro de um carro em São Sebastião do Passé, cidade da região metropolitana de Salvador, a família segue pedindo por justiça.

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Uma tia de Ludmila, Helena Aragão, disse que a rotina da família ainda está abalada. Segundo Helena, a mãe da vítima precisa fazer uso de remédios para dormir, por causa do trauma gerado pelo crime. Ludmila era filha única.

"A nossa vida tem sido muito difícil. A mãe, então, está sendo movida com medicamentos, porque sem medicamentos ela não dormiria, não se alimentaria, nada disso. Nós estamos vivendo um processo de aflição. Suplicamos as autoridades que nos ajude, para que esse crime não fique impune, para que seja punido este rapaz. Realmente a gente não entende porque aconteceu um crime tão trágico", disse Helena.

Carro de Ludmilla foi encontrado carbonizado

Reprodução/TV Bahia

A tia da vítima falou ainda sobre os planos de Ludmila, de formar uma família quando concluísse a graduação na faculdade.

"Nós estamos decepcionados, porque ela era uma menina que cuidava muito dele, durante esse período, pois o interesse dela era ter uma família. Ela disse que só casaria depois que tivesse [passado] a formatura dela, que tivesse a vida própria dela independente", falou.

O suspeito de matar Ludmila é o ex-namorado dela, Charles Adamo Jesus de Araújo. Ele já teve prisão preventiva decretada pela Justiça e é considerado foragido.

Caso

Ludmila Campos Araújo está desaparecida desde segunda (27)

Reprodução/TV Bahia

Ludmila Aragão Campos desapareceu no dia 27 de janeiro. Ela era é natural de Salvador e morava em Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, há dois meses, quando foi para o local abrir um restaurante.

Os familiares contaram ainda que, no dia que a vítima desapareceu, o companheiro da mulher foi visto dentro da casa dela, por volta das 20h. Em seguida, moradores da região avistaram ele saindo dentro do carro da mulher, junto com ela.

Já no dia seguinte, o carro apontado como o de Ludmila foi encontrado queimado em São Sebastião do Passé. A ossada foi encontrada dentro do automóvel. Exames de DNA confirmaram que os restos mortais eram da vítima. A ossada de Ludmila foi enterrada no dia 12 de fevereiro, na cidade de Itaquara.

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