Força-tarefa interdita call center após 'incômodo' de funcionários por local não ter prevenção ao Covid-19

Força-tarefa interdita call center após 'incômodo' de funcionários por local não ter prevenção ao Covid-19

Denúncias falavam que não havia nenhuma medida sobre o compartilhamento de fones e sequer o álcool gel estava sendo disponibilizado, diz secretário em MS. Empresa teve funcionários dispensados após denúncias de falta de prevenção ao novo coronavírus

Osvaldo Nóbrega/TV Morena

Uma série de denúncias levou a polícia, em ação conjunta com a Vigilância Sanitária, Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur) e a Secretaria Municipal de Finanças e Planejamento (Sefin), a interditar uma empresa de call center, que funciona tanto na região central, como no bairro Giocondo Orsi, em Campo Grande.

Nestes locais, funcionários disseram que não havia nenhuma prevenção ao novo coronavírus e sequer o álcool gel estava sendo disponibilizado nas dependências da empresa. Por volta das 11h (de MS), todos os 380 trabalhadores foram dispensados da sede do Centro. Na sede Tapajós, o número é de quase 2 mil pessoas e será o próximo local a ser vistoriado, segundo afirmou ao G1 o secretário da Semadur, Luís Eduardo Costa.

"Nós recebemos muitas denúncias, com uma série de situações e o incômodo do funcionários, já que nenhuma medida teria sido tomada para evitar as aglomerações. A vigilância veio e interditou e os funcionários foram retirados do ambiente de trabalho. A gente entende que a empresa presta um serviço essencial, que é de telefonia e internet, mas, nada impede que exista a possibilidade de um plano de trabalho para que todos possam retornar", explicou Luís Eduardo.

Conforme o secretário, as empresas devem entender que esta é uma "questão de saúde pública" e exigir que não ocorra aglomeração com mais de 20, mantendo a distância de, no mínimo, um metro e meio entre cada um e ainda disponibilizando o álcool em gel 70% para os funcionários.

A partir de agora, o secretário diz que a aguarda a defesa de representantes da empresa. "Vamos verificar o que eles vão dizer e analisar o retorno da atividade, com mais planejamento de prevenção ao vírus. Neste momento, sabemos que é considerado essencial o serviço de telefonia e internet. Eles foram interditados, porém, não lacramos porque garantiram que será feita a limpeza e assepsia. O plano de ação deve combater as denúncias, sobre o fato de muitas pessoas utilizarem o mesmo fone e computador, por exemplo", comentou.

Empresa deve fazer higiene e assepsia para voltar a funcionar, diz secretário da Semadur

Osvaldo Nóbrega/TV Morena