Ministério Público pede explicações sobre reabertura de parte do comércio no DF
Governador Ibaneis Rocha permitiu que lotéricas, lojas de móveis, eletroeletrônicos e óticas voltem a funcionar. MP pede detalhamento das medidas. Fachada da sede do Ministério Público do Distrito FederalGabriel Luiz/G1O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) quer explicações sobre o que levou o governo do Distrito Federal a autorizar a reabertura de atividades como lotéricas, correspondentes bancários, lojas de conveniência, feiras e os setores moveleiros e de eletroeletrônicos, mesmo durante a pandemia do novo coronavírus. Desde o mês passado, essas atividades faziam parte do grupo que teve o funcionamento suspenso, para evitar a proliferação do vírus na capital. No entanto, nas últimas semanas, o governador Ibaneis Rocha (MDB) flexibilizou as medidas restritivas. Governo autoriza reabertura de óticas no DF; veja lista do que permanece fechadoCoronavírus: Ibaneis decreta reabertura de lojas de móveis, eletroeletrônicos e 'Sistema S'Acionado pela reportagem, o GDF respondeu que "a retomada da atividade econômica está fundamentada em dados técnicos, cujo objetivo principal é a saúde pública. Segundo o governo, todo o planejamento foi feito há um mês e as ações estão sendo executadas no tempo previsto". No documento enviado ao GDF, o MP questiona:Por que as empresas de veículos e da construção civil ficaram fora do decreto que fechou o comércio?As atividades de prestadores de serviços como gesseiros e eletricistas que trabalham individualmente ou na reforma de imóveis para pessoas físicas também estão liberados?No caso do setor de móveis e eletrônicos, a liberação alcança lojas que vendem outros tipos de produtos? Quais são?Quais as razões para abrir o sistema S, sem diferenciar as inúmeras atividades desenvolvidas por essas entidades?Os promotores querem saber também o que diferencia as atividades liberadas das outras que tiveram que permanecer fechadas. O GDF tem até terça-feira (21) para responder os questionamentos do Ministério Público.Segundo o procurador-chefe da força-tarefa do MPDFT no combate ao coronavírus, Eduardo Sabo, a preocupação do órgão é garantir que a reabertura da economia siga critérios técnicos e científicos. "Nós entendemos que o isolamento social deva ser mantido, a OMS diz que o percentual seria de 70%. Nós nos preocupamos sim com a economia mas nos preocupamos muito com as vidas", afirma o procurador.O que abre e o que fechaSegundo o último decreto publicado pelo governador, estão suspensos:Eventos que precisem de alvará do GDF;Cinemas e teatros;Academias;Parques e boatesShoppings (exceto farmácias, laboratórios e clínicas)Lojas, bares e restaurantes;Salões de beleza, barbearias, esmalterias e centros estéticos;Suspensão de missas, cultos e celebrações religiosas em espaço físico aberto ao público;Comércio ambulante em geral.Já as exceções, que podem funcionar, são:Feiras permanentes listadas em decreto, desde que estejam abertas apenas lojas exclusivas de gêneros alimentícios, sendo proibido consumo no localClínicas médicas;Clínicas odontológicas e veterinárias (em casos de emergência);Laboratórios;Farmácias;Funerárias e serviços relacionados;Pet shops (caso tenham veterinários, vendam remédios ou produtos sanitários para animais);Postos de combustíveis;Supermercados;Minimercados, mercearias e afins;Comércio estabelecido de produtos naturais, bem como de suplementos e fórmulas alimentares, sem consumo no local;Comércio estabelecido varejista e atacadista de hortifrutigranjeiros;Lojas de materiais de construção e produtos para casa;Padarias;Fábricas e lojas de bolos caseiros e pães;Atacadistas;Peixarias;Operações de delivery;Oficinas mecânicas, exceto de lanternagem e pintura;Concessionárias de veículos;Estandes de compra e venda de imóveis;Borracharias;Agropecuárias (com venda de insumos, medicamentos e produto veterinários);Serviço de tele-entrega em feiras permanentes e/ou populares;Empresas de construção civil (sem atendimento ao público);Lotéricas;Agências bancáriasLojas de conveniência em postos (sem consumo no local);Empresas de tecnologia, exceto lojas de equipamentos e suprimentos de informática;Lavanderias (exclusivamente no sistema de entrega em domicílio);Floriculturas (exclusivamente no sistema de entrega em domicílio);Empresas do segmento de controle de vetores e pragas urbanas;Construção civil;Óticas.Initial plugin textLeia mais notícias sobre a região no G1 DF.