STF aprova orçamento para 2020 sem reajuste nos salários dos ministros

Vencimento aumentou em janeiro deste ano e atualmente é de R$ 39,2 mil. Texto será enviado ao Executivo, que consolida orçamento da União. Ministros do STF participam

STF aprova orçamento para 2020 sem reajuste nos salários dos ministros

Vencimento aumentou em janeiro deste ano e atualmente é de R$ 39,2 mil. Texto será enviado ao Executivo, que consolida orçamento da União. Ministros do STF participam de sessão plenária na Corte.

Rosinei Coutinho/SCO/STF

O Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou nesta quarta-feira (14) em sessão administrativa a proposta orçamentária da Corte para 2020. O texto prevê R$ 686,7 milhões em gastos e não traz reajuste dos salários dos ministros.

A proposta foi apresentada na semana passada aos ministros. Nesta quarta, ninguém apresentou objeção. Não estavam na sessão os ministros Celso de Mello, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski.

O texto agora será enviado ao Poder Executivo, responsável por consolidar o Orçamento da União.

O salário dos ministros do STF é atualmente de R$ 39,2 mil. O valor sofreu aumento de 16% no início deste ano e, segundo o Supremo, o reajuste repõe perdas salariais de 2009 a 2014.

Temer sanciona aumento de salário para ministros do STF, e Fux suspende auxílio moradia

O reajuste provocou efeito cascata na administração pública, porque os salários dos ministros do STF são o teto do serviço público.

O valor do orçamento de 2020 teve redução de R$ 91 milhões em relação ao orçamento de 2019, que foi R$ 778,625 milhões.

Conforme o STF, a redução foi necessária para a Corte se adequar à emenda constitucional 95, conhecida como PEC do teto de gastos, que limita o aumento dos gastos da União.

TV Justiça

Uma proposta ainda em discussão entre os presidentes dos tribunais superiores - STF, Superior Tribunal de Justiça (STJ), Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Superior Tribunal Militar (STM) - é a edição de ato conjunto para dividir os gastos da TV Justiça entre os tribunais que usam a grade de programação.

Hoje, os custos ficam com o Supremo. Ainda não há definição sobre a questão.