Abastecimento de gás de cozinha tem dificuldades no Paraná e em outros seis estados, diz ANP
A corrida por gás levou a problemas de falta do produto e aumento de preços em algumas localidades. Somado ao aumento do consumo, a Petrobras vem produzindo menos gás de cozinha porque teve que reduzir as operações das refinarias para evitar gargalos no estoque de outros combustíveis.
"O mercado continua desabastecido. O problema está na falta de transporte até as distribuidoras para envase", disse na quinta (14) o presidente da Abragas (Associação Brasileira das Entidades de Classe das Revendas de Gás), José Luiz Rocha.
Nesta sexta, em entrevista transmitida pela internet, o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que não há problema de desabastecimento e que a Petrobras importará em abril 350 mil toneladas. "É mais do que suficiente para abastecer o mercado", afirmou.
Ele questionou, porém, pleito dos usineiros para elevar impostos sobre a gasolina para melhorar as vendas de etanol, o que poderia trazer impactos ao abastecimento de gás de cozinha. O gás é extraído junto com a gasolina nas refinarias da estatal.
"Redução da demanda de gasolina implica em redução da produção de GLP [gás liquefeito de petróleo, o nome técnico do gás de cozinha] e aumenta a necessidade de importação de GLP para abastecer o mercado", afirmou. Segundo ele, há limitações de infraestrutura para trazer volumes adicionais ao país.