Divergência entre governos prejudica combate à pandemia, diz OMS

Divergência entre governos prejudica combate à pandemia, diz OMS

 

Além disso, estudos recentes internacionais, publicados em revistas científicas de prestígio, não mostraram benefícios da droga em reduzir internações e mortes e apontaram riscos cardíacos.

O protocolo atual do ministério diz que "as evidências identificadas ainda são incipientes para definir uma recomendação. A literatura apresenta três estudos clínicos, com resultados divergentes, sobre o uso de hidroxicloroquina. Os três estudos apresentam um pequeno número de participantes e apresentam vieses importantes".

O texto afirma que a cloroquina e a hidroxicloroquina só poderão ser utilizadas em casos confirmados de Covid-19 e a critério médico, como terapia adjuvante no tratamento de formas graves, em pacientes hospitalizados, sem que outras medidas de suporte sejam preteridas. Diz ainda que a associação de azitromicina e cloroquina ou hidroxicloroquina pode aumentar risco de complicac?ões cardíacas.

Nesta sexta (15), Teich avisou Bolsonaro que não poderia mudar o protocolo sem comprovação científica sobre a eficácia da cloroquina no início do tratamento.

Na quinta, em teleconferência com empresários brasileiros organizada pelo presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf, Bolsonaro afirmou que o protocolo sobre o uso da cloroquina "pode e vai mudar".