Gasolina sobe 12% no terceiro reajuste do mês

Gasolina sobe 12% no terceiro reajuste do mês

 

Na semana retrasada, declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre aumento no preço da gasolina preocuparam o mercado. Bolsonaro disse que não iria intervir, mas questionou o primeiro reajuste pós-pandemia. "Pelo que sei, o petróleo não subiu lá fora. Não sei porque o petróleo brasileiro aumentou", disse o presidente.

Em relatório intitulado "Fantasmas do passado?", o banco UBS afirmou que comentários do governo ampliavam a percepção de risco do investidor. Para eles, a empresa precisaria anunciar reajustes para evitar perda de margens em suas operações de produção de combustíveis.

Em maio, após o colapso do fim de abril, as cotações do petróleo voltaram a se recuperar, também com impacto da retomada da atividade em países da Europa e estados americanos. O petróleo Brent, referência internacional negociada em Londres, subiu 37% no mês.

Nas bombas norte-americanas, o preço da gasolina subiu, em média, 4,97% nas últimas três semanas. Nas bombas brasileiras, o preço seguia em tendência de queda na semana passada, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

O ritmo de corte, porém, foi menor do que nas semanas anteriores. Na média nacional, o litro da gasolina foi vendido a R$ 3,808, 0,4% a menos do que na semana anterior. No ano, o preço da gasolina nas bombas acumula queda de 16,4%.

Na terça (19), a companhia já havia reajustado o preço do diesel em 8%, o primeiro aumento do ano para esse combustível. Nas bombas, o preço do diesel caiu 0,7% na semana passada, para R$ 3,055 por litro.

Em maio, a Petrobras percebeu recuperação nas vendas de combustíveis também no Brasil. O consumo de gasolina, que havia caído 65% no início da pandemia, é hoje entre 40% e 45% menor do que a média. No caso do diesel, a perda nas vendas recuou de 50% para 30%.