Estudo do governo americano aponta registro de 300 mil mortes a mais nos EUA em 2020

Estudo do governo americano aponta registro de 300 mil mortes a mais nos EUA em 2020

A menos de duas semanas das eleições, as populações negra e latina dos EUA podem ter peso decisivo numa vitória do democrata Joe Biden. Mal avaliado na gestão da pandemia, o presidente americano, Donald Trump, pode ver os dois grupos mobilizarem-se para ir às urnas.

Diante do coronavírus, Trump adotou postura negacionista. Mesmo após contrair a Covid-19 e ser internado durante três dias, disse à população para não temer a doença que já matou mais de 220 mil e infectou ao menos 8,2 milhões de pessoas no país, o mais afetado pelo vírus em todo o mundo e que pode estar diante de um terceiro pico de contaminações.

O republicano foi diversas vezes contra medidas de restrição mais rígidas e raramente usou máscara em eventos públicos, inclusive durante um discurso na Casa Branca enquanto estava infectado.

Segundo levantamento do Pew Research Center, 68% dos americanos acham que o acesso à saúde é muito importante para a decisão de voto. Fica atrás apenas da economia (79%) e à frente de indicação para a Suprema Corte (64%), pandemia de Covid-19 (62%) e crimes violentos (59%).

Uma pesquisa do New York Times com o Siena College mostrou ainda como os efeitos da pandemia têm desgastado Trump em estados-chave, como a Flórida, que possui grande população de latinos.

Biden, por sua vez, usa máscara sempre que possível e critica incessantamente a atuação do republicano na crise, tentando transformar a eleição num referendo sobre o comportamento de Trump na pandemia.

O desafio de Biden, que conserva apoio entre negros, mas vem enfrentando dificuldades para atrair os latinos, é, principalmente, convencer os dois grupos a votar, já que o voto não é obrigatório nos EUA e a ausência desses eleitores foi um dos problemas que levaram à derrota de Hillary Clinton, em 2016.

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