Cubanos votam em Trump "contra socialismo" e venezuelanos se dividem

Cubanos votam em Trump

 

O aposentado José Homero El Calante acordou cedo para participar de sua primeira eleição. "Votei no [republicano Donald] Trump pois já é conhecido. Eu espero que ele possa abrir a imigração aos venezuelanos que querem vir para trabalhar", contou o venezuelano que vive há 12 anos na Flórida.

Já sua neta, Veronica Araújo, de 28 anos, preferiu não revelar a escolha. "Quem quer que vença, eu espero que tome conta da situação da saúde e ajude os venezuelanos a se legalizarem para que possam ficar e trabalhar", afirmou.

Sem revelar o nome, a mãe de Verônica disse que dessa vez o republicano não a convenceu. "Na última eleição, votei no Trump, mas dessa vez estou com [o democrata Joe] Biden". Por outro lado, a enfermeira Daphne Cavalieri, 28 anos, aposta em Biden para ajudar os venezuelanos e demais imigrantes. "Eu espero que Biden acabe com a separação de famílias". Ela diz esperar por mudanças. "Não estou feliz em como o Trump vem lidando com a pandemia. Acho que Biden tem condições de trazer pessoas mais bem preparadas para ajudar".

Cláudia Ahrens, venezuelana que vive há 25 anos na região de Miami, também não quis revelar seu voto, mas diz ter certeza que Trump irá vencer. "Ele não é muito educado, mas é um bom homem de negócios", analisa a influenciadora digital, que diz não esperar nenhuma ação do atual presidente para melhorar a situação dos venezuelanos no país.

"Eu votaria [em Trump] mesmo que tivesse que enfrentar um exército armado", afirmou a Alma Cristóbal, de 63 anos, de família cubana.
Acompanhada pela filha e pelo marido, a empresária compareceu ao local de votação usando uma bandana de Trump como máscara. "Ele vai trazer a economia de volta assim que a pandemia passar".

Segundo a família, o voto no republicano é um ato contra o socialismo. Há 20 anos nos Estados Unidos e votando pela primeira vez, o empresário Italiano Sérgio Falo, 62 anos, votou por uma mudança. "Eu espero mais paz. O país está muito violento, não quero que minhas filhas cresçam em um país assim".

Filha de espanhóis, a estudante Maria Diaz, 24 anos, também prefere Biden. "Espero que ele ajude as minorias".

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