"Desprezo pelos outros" aparece em pessoas que se recusam a usar máscaras, aponta estudo da UEL

O que a pesquisa descobriu é que essas pessoas tendem a ser sociopatas, ou seja, ter um distúrbio caracterizado por desprezo pelos outros.

Participaram da pesquisa 1.578 adultos que responderam perguntas como "você acredita ser necessário usar uma máscara/respeitar o distanciamento social/lavar as mãos mais frequentemente?"

De acordo com as respostas, os participantes foram divididos em dois grupos: o "grupo da empatia" e o "grupo antissocial".

Segundo um dos autores do estudo, o professor Fabiano Koich Miguel, do Departamento de Psicologia e Psicanálise do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), "o grupo da empatia" respondeu ao questionário mostrando maior preocupação em usar máscara, higienizar sempre as mãos e adotar isolamento social para evitar contágio.

"Já o grupo antissocial mostrou menor preocupação com essas medidas, minimizando sua importância ou minimizando a doença", disse o professor.

Entre esse grupo de pessoas relutantes ao uso de máscaras, foi observado traços antissociais característicos de pessoas com diagnóstico de transtorno de personalidade antissocial, tais como:

  • Níveis mais baixos de empatia, que é a capacidade de perceber, compartilhar e inferir pensamentos e emoções de outras pessoas;
  • Níveis mais altos de insensibilidade;
  • Tendência para o engano e o autoengano;
  • Comportamentos de risco.
  • Além disso, o perfil antissocial demonstrava mais insensibilidade, hostilidade, impulsividade e manipulação.

Os resultados do estudo foram publicados no volume 168 da revista Personality and Individual Differences.

Com informações do Portal Catraca Livre.

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