Resolução determina matrícula de refugiados em escolas mesmo sem documentação

Resolução determina matrícula de refugiados em escolas mesmo sem documentação

 

Para os alunos estrangeiros matriculados, a escola deverá fazer um acolhimento com ações que previnam bullying, racismo e xenofobia. Também não deverá haver separação entre alunos brasileiros e não brasileiros – o texto recomenda a formação de classes comuns e determina a prática de atividades que valorizem a cultura dos alunos não brasileiros. A resolução entrará em vigor no dia 1.º de dezembro.

A Constituição Federal e outras legislações já determinavam o direito de estrangeiros frequentarem a escola – a resolução agora detalha mecanismos de inclusão dessas crianças e adolescentes. O texto cita especificamente a situação de venezuelanos. "A maioria das pessoas com nacionalidade venezuelana ou pessoas apátridas que eram residentes habituais na Venezuela possuem necessidade de proteção internacional."

Nos últimos anos, vem crescendo o número de imigrantes venezuelanos no Brasil. A entrada por Roraima colocou autoridades brasileiras em estado de atenção. Como o Estadão mostrou, recentemente o Estado do Acre tem recebido estrangeiros da Venezuela.

São Paulo

Na rede estadual paulista, o número de matrículas de alunos estrangeiros subiu 18% no ano de 2019, na comparação com o ano anterior. Entre os 3,5 milhões de alunos matriculados na rede, 11.905 eram estrangeiros. No Estado de São Paulo, o maior grupo é de bolivianos (5.022), seguido por japoneses (1.307), haitianos (998), angolanos (594) e paraguaios (433).

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