Butantan entra com pedido na Anvisa de aval para uso emergencial da vacina Coronavac
O percentual se aplica à prevenção de casos leves da doença. Casos moderados e mortes foram completamente evitados no estudo, que teve dados revisados na Áustria pelo Comitê Internacional Independente.
Nesta quinta, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, informou que a pasta assinou um contrato com o Butantan para compra de 100 milhões de doses da Coronavac. Segundo o ministro, o contrato prevê que as primeiras 46 milhões de doses sejam entregues até abril, e que o restante (54 milhões) seja repassado pelo instituto paulista ao governo federal no decorrer do ano.
A medida ocorre após idas e vindas em acordos envolvendo a vacina.
A vacina Coronavac esteve nos últimos meses no centro de uma guerra política entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o governador paulista, João Doria (PSDB), que são adversários para a eleição de 2022.
Em outubro, o Ministério da Saúde chegou a divulgar que compraria 46 milhões de doses da Coronavac, mas recuou após interferência do presidente. “Não será comprada”, disse Bolsonaro, sobre o que chamou de “vacina chinesa do João Doria”.
O imunizante voltou a ser citada no plano nacional de vacinação contra a Covid-19 no fim de dezembro.
Uma edição extra do “Diário Oficial da União” com uma dispensa de licitação para aquisição da vacina no valor de R$ 2,7 bilhões também foi publicada nesta quinta. A previsão é que cada dose da vacina do Butantan custe pouco mais de US$ 10 -são necessárias duas para a vacina ter eficácia.
Ao fazer o anúncio, Pazuello afirmou ainda que toda a produção do Butantan será incorporada ao PNI (Plano Nacional de Imunização).
O governo paulista já anunciou que pretende iniciar uma campanha de vacinação no estado com o imunizante no dia 25 de janeiro.