Maioria das denúncias contra invasores do Congresso dos EUA vem dos próprios familiares

Maioria das denúncias contra invasores do Congresso dos EUA vem dos próprios familiares

Nesse contexto, as denúncias feitas por familiares cumprem um papel importante para a responsabilização criminal dos que participaram dos atos de insurreição. Em um desses casos, Helena Duke, 18, expôs a própria mãe e os tios por terem participado do ataque em Washington.

“Se eu não fizesse nada, me sentiria tão ruim quanto eles”, disse Duke à emissora ABC, depois de contar que sua mãe a repreendia por ter participado dos atos antirracismo nos EUA, no ano passado.

Alison Lopez, 42, diz que não pensou duas vezes para denunciar uma irmã de seu tio depois que a mulher ligou para outra familiar se gabando de ter tentado “retomar a eleição”.

“Se eu visse minha avó fazendo bombas no porão ou minha tia invadindo uma casa, eu também teria que intervir. Trata-se apenas de fazer o que é certo”, disse Lopes ao The Guardian.

“Quando as pessoas vivenciam o ostracismo ou a rejeição de sua própria família, isso pode levar a uma espécie de resfriamento do sentimento extremista, porque os indivíduos estão pela primeira vez experimentando uma consequência dos atos em que se envolveram com tanto orgulho”, afirmou Talia Lavin, especialista em grupos extremistas, ao jornal britânico.