Luciano Hang e Carlos Wizard fazem pressão contra lei que obriga doação de vacina privada ao SUS

Luciano Hang e Carlos Wizard fazem pressão contra lei que obriga doação de vacina privada ao SUS

 

“Enquanto o governo atua na vacinação do grupo prioritário, que conta com 78 milhões de pessoas, buscamos o direito de comprar e aplicar a vacina nos trabalhadores. A burocracia brasileira está matando 2 mil pessoas por dia”, escreveu Hang, pedindo que o Congresso mude a legislação.

As vacinas estão escassas no Brasil.

Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo na semana passada, Wizard, que, ao lado de Hang, lidera uma corrente de empresários interessados em comprar vacina para imunizar seus funcionários antes dos grupos prioritários, disse que aceita bancar uma parte das vacinas para o SUS, mas a contragosto.

Segundo ele, sai mais barato para os empresários pagar pelo investimento nas vacinas do que ver o país continuar parado.

A lei, que entrou vigor no dia 10 deste mês, autoriza estados, municípios e o setor privado a comprar vacinas, mas as doses adquiridas pelas empresas deverão ser integralmente doadas ao SUS enquanto estiver em curso a vacinação dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde.

Depois dos prioritários, o setor privado poderá ficar com metade das vacinas que comprar, mas elas não poderão ser vendidas. Deverão ser aplicadas gratuitamente. E a outra metade tem de ser enviada ao SUS.