Pacientes são transferidos às pressas por problemas em oxigênio de UPA

Pacientes são transferidos às pressas por problemas em oxigênio de UPA

 

A informação foi passada inicialmente pelo Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo). Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde, gestão Bruno Covas (PSDB), confirmou a transferência dos pacientes -sem informar a quantidade- e disse que não houve falta de oxigênio, mas sim uma dificuldade técnica na transferência do oxigênio para o tanque da UPA.

Esta é a segunda vez em menos de uma semana que a falta de oxigênio obriga uma unidade de saúde municipal a transferir pacientes. Na última sexta-feira (19), à noite, dez pacientes atendidos na UPA Ermelino Matarazzo (zona leste), tiveram que ser transferidos, por falta de risco de oxigênio, para o hospital Professor Waldomiro de Paula, em Itaquera (zona leste), e para o AME Luiz Roberto Barradas Barata, na região do Sacomã (zona sul).

Nesta segunda (22), a prefeitura disse que os pacientes da UPA Tito Lopes foram removidos para três unidades: hospital municipal Professor Waldomiro de Paula; para o hospital municipal Tide Setúbal (em São Miguel); e para o Hospital Santa Marcelina, de Itaquera. “O órgão esclarece que não houve nenhuma intercorrência com os pacientes assistidos. Inclusive, a unidade dispõe de bateria de oxigênio para suporte aos pacientes”, segundo a nota.

A White Martins, que fornece o oxigênio, disse que a UPA Tito Lopes está abastecida e não houve falta de oxigênio. Trabalhadores do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) relataram ter recebido uma mensagem via rádio por volta das 8h desta segunda solicitando que todos aqueles que estivessem com maca retida fossem até a UPA empestar o cilindro de oxigênio para as equipes socorrerem os pacientes.

O termo maca retirada é usado pelos profissionais para designar a prática das unidades de saúde em usar a maca da ambulância até conseguir transferir o paciente para uma maca da instituição. Procurada, a Prefeitura de São Paulo não confirmou e nem desmentiu a informação.