Vulcão em ilha caribenha entra em erupção, e milhares de moradores são evacuados

Vulcão em ilha caribenha entra em erupção, e milhares de moradores são evacuados

 

Vídeos publicados em redes sociais mostram ruas de uma cidade no norte da ilha tomadas por cinzas, com o céu encoberto e pessoas usando máscara enquanto caminham com seus pertences. Até o momento, não houve relatos de vítimas e ainda não está claro a extensão dos danos causados.

A ameaça de uma erupção iminente fez com que o primeiro-ministro de São Vicente e Granadinas, Ralph Gonsalves, ordenasse uma evacuação das áreas próximas ao vulcão na noite de quinta-feira (8).

Navios de cruzeiro foram desviados ao local para ajudar na retirada de moradores. Na manhã desta sexta, cerca de 20 mil pessoas haviam sido removidas da área ao redor do vulcão, de acordo com autoridades.

A Covid-19, porém, pode complicar os esforços de evacuação e a logística dos abrigos devido a possíveis aglomerações. Ilhas vizinhas como Antígua, Santa Lúcia, Granada e Dominica ofereceram ajuda para receber os evacuados, mas Gonsalves disse que só quem foi vacinado poderia embarcar nos navios.

O premiê também recomendou que aqueles que chegarem aos abrigos em São Vicente sejam imunizados. Para reduzir o risco de infecção entre idosos, parte do grupo de maior risco à doença, o governo quer alocá-los em pequenas hospedarias. “Não queremos que haja um surto de Covid nos abrigos.”

Richard Robertson, professor de geologia da Universidade das Índias Ocidentais, disse nesta sexta que a ocorrência de mais explosões é possível e destacou que “a primeira não é necessariamente a maior explosão”. De acordo com cientistas, a erupção pode continuar por dias e até semanas.

O arquipélago São Vicente e Granadinas, que tem uma população de pouco mais de 110 mil habitantes, não testemunhava uma atividade vulcânica desde 1979, quando o vulcão lançou cinzas a milhares de metros, embora não tenha causado mortes graças à evacuação de residentes para as praias locais.

A maior e mais mortal erupção no arquipélago aconteceu em 1902 e deixou cerca de 1.600 mortos.