Butantan nega entrega de vacinas com menos doses

Butantan nega entrega de vacinas com menos doses

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apura as denúncias. “A conclusão encontrada, e já dividida com a Vigilância Sanitária, é de que não se trata de falha nos processos de produção ou liberação dos lotes por parte do Instituto Butantan. Na verdade, trata-se de uma prática incorreta no momento do uso das doses”, salientou a fabricante da Coronavac.

Segundo a instituição, seringas de volumes considerados “superiores”, como de 3 e 5 ml, dificultam a visualização do volume aspirado, “uma vez que podem não possuir as graduações necessárias”. “Outro fator decisivo é a posição correta do frasco e da seringa no momento da aspiração”, apontou. “O Instituto Butantan vem atuando juntamente aos gestores envolvidos na campanha de vacinação no intuito de orientar cada vez mais os profissionais responsáveis pelas aplicações das doses.”

Após as reclamações, as bulas serão modificadas. “O Butantan irá revisar a bula da vacina Coronavac, no intuito de promover de forma ainda mais clara as informações relacionadas à forma correta de se realizar a aspiração das doses, adicionando inclusive um QR Code que irá direcionar para um vídeo demonstrativo do procedimento.”

Já a Fiocruz, responsável pela produção da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a Astrazeneca no País, emitiu um comunicado em que afirma que o material passa por um “rígido processo de controle de qualidade”. “Mesmo antes disto, os volumes de frascos são medidos, em etapa anterior à rotulagem e embalagem. Além disso, cada frasco contém o chamado "overfill" – introdução de volume adicional de 1 dose – para evitar perda em sua utilização no campo – como possível humano na dosagem, variações de seringa e agulha”, complementou.