Após erupção de vulcão, tremores sacodem República Democrática do Congo

Após erupção de vulcão, tremores sacodem República Democrática do Congo

Um dos vulcões mais ativos e perigosos do mundo, o monte Nyiragongo entrou em erupção subitamente na tarde de sábado, pegando de surpresa autoridades e moradores e derramando lava por centenas de metros em direção à cidade de 2 milhões de habitantes. O balanço de mortos deve subir consideravelmente -o Unicef estima que 170 crianças estejam entre os desaparecidos.

Segundo especialistas, os tremores são causados pelo alinhamento das placas tectônicas, e o risco de uma segunda erupção é pequeno. Ainda assim, as autoridades pediram que a população fique alerta.

Numerosos desde o domingo, os terremotos continuaram durante toda a noite de domingo e na manhã desta segunda-feira, alguns com grande intensidade. Segundo testemunhas ouvidas pela agência de notícias Reuters, eles acontecem a cada meia hora, em média.

Parte da população, que já havia retornado às suas casas após a erupção, saiu da cidade novamente, e edifícios de vários andares foram abandonados. Reabertas na manhã desta segunda, muitas lojas fecharam após os tremores. As escolas não funcionaram e pediram que os alunos fiquem em casa.

Autoridades informaram que 17 povoados foram afetados pela erupção e que os danos materiais foram importantes. Dois rios de lava desceram do vulcão, e um deles alcançou a periferia de Goma, onde parou na manhã de domingo. Uma importante estrada da região também foi afetada, e muitas casas foram engolidas. A última erupção do Nyiragongo aconteceu em janeiro de 2002 e causou cerca de cem mortes.

Nesta segunda, a lava rochosa ainda estava quente e soltava fumaça em alguns lugares. Dezenas de pessoas se aproximaram do local, algumas correndo risco de inalar fluídos tóxicos. Muitos moradores fugiram até a fronteira com Ruanda, ao sul de Goma, ou em direção ao sudoeste, na região do Masisi.

Uma delegação de oito ministros chegou à área para supervisionar a reconstrução.