Argentina chega a acordo com FMI para pagamento de dívida

Argentina chega a acordo com FMI para pagamento de dívida

O presidente argentino acrescentou que o acordo não colocará em risco “nosso gasto social nem nossos pedidos de financiamento”. Porém, afirmou que a dívida como um todo “é impagável sem arriscar nosso presente e nosso futuro”.

O acordo, em que esteve trabalhando o ministro Martín Guzmán nos últimos meses em várias reuniões com o comando do FMI, será levado ao Congresso argentino para que seja aprovado. Depois disso, ainda será novamente avaliado pelo fundo.

Foi acordado uma redução gradual do déficit fiscal para chegar aos 0,9% em 2024. Em 2022, a meta é chegar a 2,5% do PIB. A Argentina também se comprometeu em reduzir a emissão monetária, um recurso amplamente utilizado durante os primeiros meses da pandemia, para aliviar o impacto na economia.

O programa acordado com o FMI durará dois anos e meio, e a cada três meses haverá revisões. Neste período, se prevê novos envios em modo “stand by” para que o país “crie as condições, em investimentos e na revitalização da economia, para pagar a dívida total”, afirmou o ministro Guzmán.

O discurso foi carregado de mensagens políticas, onde se criticou muito o governo anterior por ter contraído a dívida. Houve, ainda, um pedido para que a oposição facilite o andamento das negociações, aprovando o acordado com o FMI no Congresso.