Detentos fazem motim em presídio de Minas Gerais

Detentos fazem motim em presídio de Minas Gerais

Por conta da paralisação, a visitação de parentes a detentos de presídios do estado está com o fluxo reduzido. Na sexta-feira, ônibus foram incendiados em Belo Horizonte. Cartas deixadas por homens responsáveis pela queima dos veículos exigia retorno da normalidade das visitas.

Tanto em Nova Lima quanto em Montes Claros, as revoltas foram controladas, conforme a secretaria, no final da tarde desta segunda-feira (7). Em Nova Lima, houve o acionamento do Cope (Comando de Operações Especiais) do Depen-MG (Departamento Penitenciário de Minas Gerais).

Paredes que separam as celas começaram a ser quebradas. A pasta não detalhou como os dois detentos foram feridos, mas afirmou que ambos foram levados para unidade de pronto-atendimento, retornaram para o presídio e passam bem.

Em Montes Claros não houve feridos e a estrutura do presídio não sofreu danos, conforme a secretaria.

Manifestação

Uma manifestação das forças de segurança do estado foi marcada para essa quarta-feira (9) em Belo Horizonte como forma de pressionar o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), pela recomposição de 24%.

Será o segundo ato em menos de 20 dias. O primeiro, também em Belo Horizonte, ocorreu em 21 de fevereiro e reuniu 30 mil pessoas, segundo organizadores.

Em 24 de fevereiro, o governador Zema ofereceu 10% de reajuste para todo o funcionalismo público do estado. As forças de segurança, no entanto, rejeitaram a proposta.

Policiais civis também chegaram a se mobilizar como forma de pressionar o governador.

Depois da primeira manifestação, representantes da categoria afirmaram que apenas 30% dos servidores da força estavam trabalhando, o que chegou a atrasar a emissão de documentos pelo Detran-MG (Departamento de Trânsito de Minas Gerais).

Atualmente, no entanto, ainda segundo representantes da categoria, os policiais civis atuam no que chamam estrita legalidade, que permite os servidores a não utilizar, por exemplo, celulares próprios para o exercício de funções públicas.

Associações de policiais militares afirmam que a categoria trabalha sob o mesmo esquema, dentro da estrita legalidade.