Covid-19 já é endemia, diz secretário de Saúde do Rio

Covid-19 já é endemia, diz secretário de Saúde do Rio

Soranz afirmou, ainda, que o Rio chegou a uma taxa de positividade de apenas 1,4% nos testes de Covid-19, o que significa que há uma média de menos de dois testes positivos em cada 100 realizados. Além disso, a cidade está com uma taxa de transmissão de 0,31, o que indica que 100 casos de Covid-19 transmitem a doença para apenas 31, causando uma redução no número de infectados.

Mesmo assim, a preocupação da prefeitura é com as pessoas que não completaram o esquema vacinal ou não se vacinaram. A exigência do passaporte vacinal só deve ser suspensa quando a cidade atingir 70% da população adulta com a dose de reforço. Atualmente, o percentual está em 55%.

“[Algumas pessoas] estão adoecendo gravemente e muitas delas demandando serviços hospitalares. Então, a gente precisa muito que elas continuem a se vacinar, acreditem na vacina e continuem a proteger suas vidas e as vidas das pessoas que as cercam”, afirmou.

Aglomerações no carnaval

Como o cenário de queda nos casos se manteve mesmo com as aglomerações registradas no carnaval, o secretário de Saúde espera que os desfiles na Marquês de Sapucaí, marcados para abril, aconteçam sem problemas.

“O carnaval não foi um problema na data original, mesmo com as aglomerações, e a gente espera que o carnaval na Sapucaí aconteça normalmente, que as pessoas possam voltar a ser felizes, estar juntas e voltar um pouco o jeito carioca de ser”, disse ele. “Com esse cenário epidemiológico favorável, a gente tem muita segurança de que dá para fazer [o carnaval], desde que os cariocas continuem a se vacinar e a tomar a dose de reforço”, acentuou.

Apesar de praticamente todas as medidas restritivas terem sido suspensas na cidade, Daniel Soranz pondera que elas podem voltar caso alguma nova variante mude o cenário epidemiológico. Ele destacou que ainda não há evidências de que um aumento de casos poderia ser causado pela variante Deltacron, detectada no exterior, e chamou a atenção dos pesquisadores porque ela combina características das variantes Delta e Ômicron.

“Temos sempre que estar acompanhando qualquer mudança de cenário no Brasil e no mundo, e, se necessário, mudar as medidas restritivas. Mas, nesse momento, a gente tem um cenário muito positivo, de queda permanente”, finalizou.