Sócia de creche acusada de maus-tratos em SP tem pedido de liberdade negado
A Colmeia Mágica já havia sido alvo de uma outra investigação, quando, em 2010, um bebê de três meses morreu após passar mal na unidade. O caso, porém, foi arquivado.
Em março, o UOL ouviu de mães e funcionários que a maior parte da equipe que operava a escola era formada por familiares da diretora Roberta Regina.
Outros relatos colhidos também deram conta de que os pais eram impedidos de ter contato direto com os professores e que o procedimento de “enrolar” as crianças -que muitas vezes eram levadas para salas escuras – era realizado sempre que elas começavam a chorar.
“Quando eu via alguma criança chorando, ficava desesperada para ela não chorar. Se a diretora ouvisse, eu ia tomar bronca e ela ia pegar a criança”, disse, em condição de anonimato, uma ex-professora da unidade, que também relatou não poder utilizar o celular na unidade.
Em 13 de março, a escola enviou aos pais e responsáveis de crianças matriculadas na unidade um comunicado dizendo que as acusações feitas contra a Colmeia Mágica eram “infundadas e absurdas”.
“Temos a certeza que após as investigações, tudo será esclarecido e, havendo culpados, estes serão processados, assim como outros que levantaram calúnias, difamações e injúrias contra a escola e seus colaboradores”, acrescentou.