Bolsonaro afirma que assinaria CPI para investigar Petrobras se fosse deputado
“Eu assinaria essa CPI se fosse deputado para ver, entre outras coisas, como é composição do preço do combustível na Petrobras. É você saber também a questão do endividamento da Petrobras, por que endividou, é você mostrar para população por que três refinarias que começaram com Lula deram prejuízo de R$ 1 bilhão e não refinam um barril de petróleo”, disse em entrevista à Rádio Itatiaia.
Com a afirmação, o presidente tenta ajudar a missão de integrantes da base do governo de buscar apoio de colegas do Legislativo para abrir a comissão. Apesar da resistência de parte dos correligionários de Bolsonaro na Câmara, ele tem insistido com a ideia de abrir a CPI.
Na última segunda-feira (20), ele também havia comentado o assunto e falado sobre o motivo de ser favorável à CPI mesmo tendo sido ele mesmo o responsável por indicar os dirigentes da estatal.
“Eu estou acertando uma CPI na Petrobras. "Ah, você que indicou o presidente". Sim, mas quero CPI, ué, por que não? Investiga o cara, pô. Se não der em nada, tudo bem. Mas os preços da Petrobras são um abuso”, disse.
Na entrevista concedida nesta quarta, Bolsonaro também afirmou que tem visto resultado no pedido que fez a redes de supermercado para que reduzam a margem de lucro em cima de itens da cesta básica. Ele negou que sua solicitação tenha a ver com tabelamento de preços.
“No mercado Big Box está R$ 10,89, estava R$ 13. Vamos conversar de novo para ver se passa para um dígito. Está caro? Está caro, sei disso”, afirmou.
O presidente também disse que descobriu que não há caixa preta no BNDES como afirmava quando era parlamentar.
“Eu falava no passado quando era deputado em caixa preta do BNDES. Não tem caixa preta, na verdade eram medidas provisórias que, na hora da votação, ali na perna, eram botados artigos que davam ao BNDES o aval para emprestar a esses países, porque o avalista era nosso tesouro”, disse.
Como deputado, Bolsonaro tinha a responsabilidade de votar essas normas em que, segundo ele, eram incluídos esses trechos que davam poder ao banco estatal. O presidente, porém, não explicou por que não protestou contra as medidas provisórias quando estava no Legislativo.