Confusão por uso de máscara em posto de vacinas vira caso de polícia em PE

Confusão por uso de máscara em posto de vacinas vira caso de polícia em PE

“Essa senhora aqui está entrando sem máscara”, afirma a coordenadora na gravação. “Eu também sei filmar, ridícula”, grita a mulher, antes de partir para cima da servidora. Em outro trecho, registrado pela técnica de enfermagem Geiciane Silva, 34, a mulher discute com a enfermeira e um segurança tenta contê-la.

Rosilene chegou à unidade por volta das 9 horas, acompanhada de um homem. Os dois estavam sem máscaras, segundo depoimento de funcionários à TV Globo Nordeste. Os servidores disseram que um segurança chegou a pedir ao casal que usasse a proteção, explicando sobre a obrigatoriedade de máscaras nas unidades de saúde do município. Nesse momento, o homem teria começado a gritar com a equipe, dizendo que a mulher iria se vacinar de qualquer jeito.

“Um usuário que estava na fila cedeu uma máscara para a senhora que ia se vacinar, mas ela disse que não ia usar”, declarou a coordenadora Romana Bezerra, à Globo. “Ela foi entrando, invadindo o setor com a máscara na mão, dizendo que as máscaras estavam liberadas e que ela não ia usar. Ela gritava, usando palavras de baixo calão.”

Gleiciane, que fez o segundo registro com o celular, diz que levou tapas no braço e no peito. “Foi um susto. Aqui a gente recebe esse tipo de ofensa verbal diariamente por parte dos usuários, que muitas vezes não respeitam o que é imposto aqui. Mas agressão física, foi a primeira vez, de fato. Isso deixa a gente muito triste pela falta de respeito com a gente, como profissional e como pessoa”.

A polícia esteve no local e levou a mulher para a delegacia. Romana e Geiciane também compareceram ao plantão para fazer o registro da ocorrência. Em depoimento, segundo a TV Globo Nordeste, a empresária confirmou que não estava com máscara, mas disse que pediu uma, mas o pedido foi negado. Ela disse também que o vídeo mostra ela apenas dando um tapa no celular e que não agrediu ninguém.

A Polícia Civil informou à emissora que registrou um TCO (Termo Circunstanciado de Ocorrência) por dano, depredação e desacato. Em nota encaminhada à imprensa, a prefeitura do Recife disse que repudia todo e qualquer tipo de agressão e que prestou toda a assistência à funcionária agredida.