"Fui demitida da Starbucks por chegar 3 minutos atrasada ao trabalho"

Embora gostasse do trabalho como barista, que oferecia a ela flexibilidade para cuidar da sobrinha, Joselyn estava frustrada com a postura da empresa diante das licenças médicas durante a pandemia de covid-19 — e havia tentado mobilizar os colegas de trabalho em Nova York a se filiarem a um sindicato.

Embora gostasse do trabalho como barista, que oferecia a ela flexibilidade para cuidar da sobrinha, Joselyn estava frustrada com a postura da empresa diante das licenças médicas durante a pandemia de covid-19 — e havia tentado mobilizar os colegas de trabalho em Nova York a se filiarem a um sindicato.

Logo depois, ela diz que o chefe começou a puni-la por infrações que não geravam punição a outros funcionários, como chegar alguns minutos atrasada para o início do seu turno que começava às 5h30.

Em julho, ela perdeu a chave da loja, a qual acabou sendo encontrada dentro do estabelecimento. E, embora tenha informado imediatamente ao gerente, parece ter sido a gota d"água.

No aviso prévio da demissão, a Starbucks citou que havia um “padrão de atrasos” e o incidente com a chave.

“Foi definitivamente algum tipo de retaliação. Nunca vi ninguém ser demitido por estar menos de cinco minutos atrasado”, diz Joselyn, que era supervisora ??de turno, com um salário de mais de US$ 22 por hora, e trabalhava para a Starbucks desde 2015.

Líderes sindicais dizem que o caso de Joselyn foi parte de uma repressão nacional, em que mais de 75 ativistas sindicais foram demitidos e algumas lojas fecharam suas portas enquanto a empresa, que se considera um local de trabalho progressista, tenta impedir que o movimento trabalhista ganhe força.

A Starbucks, que possui quase 9 mil lojas nos EUA e licencia outras milhares, nega retaliação. A empresa diz que respeita o direito dos trabalhadores se sindicalizarem e fechou as lojas com base em relatórios de segurança.

Mas não há dúvida de que a companhia vê o sindicato como uma ameaça.

“Não acreditamos que terceiros devam liderar nosso pessoal e, por isso, estamos em uma batalha pelos corações e mentes. E seremos bem-sucedidos”, disse o CEO da Starbucks, Howard Schultz, durante uma conferência em junho.

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