Vice-cônsul do Grêmio foi morto por se relacionar com esposa do suspeito, diz polícia

De acordo com o delegado Thiago Nobrega, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a motivação foi identificada em agosto deste ano. "Diversas [...]

Vice-cônsul do Grêmio foi morto por se relacionar com esposa do suspeito, diz polícia

De acordo com o delegado Thiago Nobrega, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), a motivação foi identificada em agosto deste ano. "Diversas linhas de investigação foram traçadas, mas conseguimos comprovar e materializar no inquérito policial a autoria e chegamos ao suspeito. Realizamos algumas diligências, mas até o momento não temos notícia do paradeiro de Luiz Fernando", explicou.

Sobre a motivação, Nobrega esclarece que essa foi a terceira tentativa de Luiz Fernando para matar Gustavo.

"A vítima estava mantendo uma relação extraconjugal com esposa do suspeito. Ele descobriu a traição e por três vezes tentou matar a vítima. A primeira vez em uma rodovia entre Curitiba e Araucária, região metropolitana da capital, quando ele tentou jogar um carro Polo em cima da vítima e quase capotou. Na segunda tentativa, a mesma coisa, mas também não obteve êxito. Na terceira tentativa ele foi até o bar monitorando a vítima e, após a saída do jogo, efetuou os disparos", disse.

Nas primeiras tentativas, a vítima teria optado por não fazer um boletim de ocorrência, mas teria comentado com os amigos que suspeitava que Luiz Fernando queria matá-lo. "Os amigos e familiares tinham conhecimentos desses fatos e nos reportaram", afirmou Nobrega.

O caso

A vítima era bacharel em Direito e vice-cônsul do Grêmio em Curitiba. No dia em que foi assassinado, estava com amigos em um bar na Rua João Bettega para assistir ao jogo do tricolor gaúcho pela Copa Libertadores e, na hora de ir embora, teria sido vitima de uma tocaia.

Gustavo foi assassinado após assistir ao jogo da Libertadores (Reprodução)

O rapaz foi pagar um guardador de carros quando um homem, com uma blusa camuflada, saiu de trás de uma árvore e disparou cinco vezes contra ele. Em seguida, o atirador saiu em um Peugeot branco e não foi localizado.

Os amigos de Gustavo o colocaram em um carro e encaminharam ao Hospital do Trabalhador (HT). Ele chegou a entrar no Centro Cirúrgico, mas não resistiu aos ferimentos.

Ainda de acordo com o delegado, no dia do crime, o veículo Peugeot, que estava na posse do autor, foi colocado à venda no dia seguinte.

O Luiz Fernando estava na posse de um Peugeot, o qual ele colocou à venda no dia seguinte, assim como o carro Polo. Além disso, em julho realizamos uma busca na casa dele. Luiz Fernando não estava no local, mas apreendemos munições que eram as mesmas que foram utilizadas no dia do crime", disse.

Testemunhas

Várias testemunhas foram escutadas, entre elas, a esposa do suspeito. "Luiz Fernando é violento, agiota, anda armado, constantemente ameaçava a mulher, então, talvez por esse receio, por medo de que ele pudesse fazer mal à ela e até a própria filha, ela não colocou nada no papel", esclareceu Nobrega.

Há informações de que o suspeito não estava sozinho no dia do crime. "Provavelmente não estava sozinho no veículo e alguém pode ter o ajudado a fugir do local. Mas o autor dos disparos foi comprovado", completou.

A Polícia Civil do Paraná continuará as diligências para localizar Luiz Fernando. O nome e imagens do suspeito foram divulgados pela PCPR.