Cientistas reconstroem rosto da primeira múmia grávida descoberta no Egito; veja

Os pesquisadores estudaram o crânio e outros restos mortais para tentar revelar como ela se parecia enquanto estava viva, há cerca de 2.000 anos. Foram produzidas duas imagens virtuais, com o uso de técnicas em 2D e em 3D.

Encontrada durante escavações em Luxor, no sul do Egito, a múmia estava envolta em um tecido e próxima de amuletos –os objetos, segundo acreditavam os egípcios, os acompanhavam após a morte.

“Os ossos e o crânio fornecem muitas informações sobre o rosto de um indivíduo”, disse a antropóloga forense italiana Chantal Milani, membro do projeto Múmia de Varsóvia, responsável pela “Dama Misteriosa”. “O crânio é único e mostra um conjunto de formas e proporções que aparecerão no rosto ao ser finalizado, ainda que o retrato não possa ser considerado exato.”

Estima-se que a mulher tinha cerca de 20 anos quando morreu. Recentemente, os pesquisadores passaram a trabalhar com a hipótese de que ela tenha falecido em decorrência de um câncer.
O artista forense Hew Morrison, que trabalhou no projeto, explicou que a reconstrução facial é usada principalmente na medicina forense para ajudar a determinar a identidade de um corpo quando os meios mais comuns, como identificação de impressões digitais ou análise de DNA, são inconclusivos.

Cientistas reconstroem rosto da primeira múmia grávida descoberta no Egito
Divulgação

Nas redes sociais, o perfil do projeto Múmia de Varsóvia destacou que o processo conhecido como mumificação é uma “expressão do cuidado com o objetivo de preservar uma pessoa para a vida após a morte”. “Para os antigos egípcios, como nós, o rosto era parte integrante da identidade de uma pessoa. Ao reconstruir os rostos, estamos "trazendo-os de volta à vida" e restaurando suas identidades”, escreveu.