Incêndio consome estação ecológica no RS há três dias após queda de raio

Incêndio consome estação ecológica no RS há três dias após queda de raio

“Como trata-se de uma área de banhado, o fogo é combatido nos flancos, com o objetivo de não entrar em propriedades vizinhas”, diz o órgão.

A autarquia afirma que o fogo está atingindo a parte seca da vegetação e não deve chegar às raízes, que estão protegidas pela umidade ainda existente no solo, o que ajudará numa rápida recuperação das plantas. “O ICMBio ainda constatou que há "ilhas" de refúgio para fauna.”

A Unidade de Conservação do Taim sofreu um incêndio de proporções parecidas em fevereiro de 2013, também causado por um raio, quando 5.731 hectares de vegetação foram destruídos pelo fogo, parte em regiões fora do perímetro da estação.

Na época, brigadistas e aviões trabalharam por uma semana para controlar as chamas, intensificadas pelos ventos e pela dificuldade de acesso a áreas de banhado. Há cinco anos, outro incêndio atingiu uma área ainda maior da mesma reserva.

A estação, que fica nos municípios de Santa Vitória do Palmar e Rio Grande, é habitat de espécies como o jacaré-de-papo-amarelo e o cisne-de-pescoço-preto. Também é um local de passagem de aves migratórias.

Criada em 1986, é uma das mais importantes áreas de conservação da mata atlântica do país, preservando banhados e lagoas, campos, dunas e matas e abrigando uma grande diversidade de espécies de vegetais e animais ameaçados de extinção.