Viagem de Lula a Buenos Aires deve aumentar a discussão sobre moeda comum, dizem aliados

Veja a íntegra do discurso de posse do presidente Lula no Congresso Nacional


Lula viaja à capital argentina na noite deste domingo (22). A expectativa de integrantes do governo é que as conversas sobre moeda comum, ainda embrionárias, ganhem força em reuniões que o presidente manterá ao longo do evento, entre elas uma com seu colega argentino, Alberto Fernández. O ministro Fernando Haddad (Fazenda) integra a comitiva.

Veja também

Economia libera R$ 37,4 milhões para PF retomar emissão de passaportes


No final da noite de sábado (21), Lula e Fernández assinaram artigo conjunto no jornal argentino Perfil no qual defenderam o relançamento da aliança entre Brasil e Argentina.
Em um trecho, ambos defendem as discussões sobre moeda comum para o bloco. “Temos a intenção de superar as barreiras em nossas trocas [comerciais], simplificar e modernizar as regras e fomentar o uso das moedas locais”, escrevem.


“Também decidimos avançar nas discussões sobre uma moeda comum sul-americana que possa ser usada tanto para os fluxos financeiros como comerciais, reduzindo os custos operacionais e nossa vulnerabilidade externa.”


Em abril do ano passado, Haddad e seu atual secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, escreveram um artigo na Folha argumentando que a criação da moeda sul-americana pode acelerar a integração regional. “A nova moeda poderia ser utilizada tanto para fluxos comerciais quanto financeiros entre países da região”, indica o artigo.

Veja também

lula
Lula tem reunião com conselheiro de segurança dos EUA em Brasília


Em janeiro deste ano, ao ser questionado sobre a possível criação de uma moeda única para o Mercosul, Haddad disse a um jornalista para “se informar primeiro”. A declaração ocorreu dois dias após o embaixador da Argentina, Daniel Scioli, ter dito que conversou com o ministro sobre a criação de uma moeda comum (não única) para o bloco.