Austrália emite alerta para caixa perdida com césio-137; relembre caso de Goiás
A orientação é que, caso o material ou algo similar seja avistado, os cidadãos informem aos departamentos competentes.
O governo australiano também orientou que as pessoas mantenham-se informadas sobre as buscas por meio da mídia.
Relembre acidente com césio-137 em Goiás
Em 13 de setembro de 1987, funcionários de um ferro velho em Goiânia (GO) partiram, a marretadas, o cabeçote de um equipamento usado em radioterapia. A peça, que havia sido encontrada por dois catadores num prédio em ruínas do antigo Instituto Goiano de Radioterapia (IGR), estava abandonada ali desde meados de 1985.
Durante a desmontagem, os catadores chegaram até a cápsula que armazenava 19 gramas de césio-137, que, administrado dentro da máquina, emitia radiação controlada para matar células cancerígenas. Fora do recipiente de chumbo, o pó altamente solúvel e de fácil dispersão é letal.
À medida que os pedaços da máquina eram vendidos para outros ferros-velhos, aumentava o número de pessoas que reclamam de náuseas, vômito e diarreia. Também houve fascínio de cidadãos pelo brilho emitido pelo material, o que disseminou ainda mais a contaminação direta.
Goiânia ficou 16 dias contaminada com o césio sem saber. Quatro pessoas morreram, enquanto cerca de 6.500 pessoas foram atingidas com algum grau de irradiação e outros 249 casos registraram contaminação mais grave.
A Agência Internacional de Energia Atômica (IAEA) classifica o caso de Goiânia como o maior acidente radioativo do mundo pela extensão da tragédia.