Vinícolas pagarão R$ 7 mi em indenizações por caso de trabalho escravo no RS

Vinícolas pagarão R$ 7 mi em indenizações por caso de trabalho escravo no RS

As empresas também assumiram 21 obrigações de fazer e de não fazer para aperfeiçoar o processo de tomada de serviços, com a fiscalização das condições de trabalho e direitos de trabalhadores próprios e terceirizados, e impedir que novos casos semelhantes se repitam no futuro.

Outro objetivo expresso no documento é monitorar o cumprimento de direitos trabalhistas na cadeia produtiva. As obrigações pactuadas passam a valer imediatamente.

A Fênix, empresa terceirizada responsável direta pela situação degradante em que se encontravam os trabalhadores, não firmou o acordo com o MPT. Em razão disso, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de R$ 3 milhões da empresa, que é ainda investigada no âmbito criminal.

Em carta aberta à sociedade, a Vinícola Aurora publicou que os recentes acontecimentos envolvendo a relação da empresa com a Fênix “envergonham e enfurecem”. A Aurora também pede “as mais sinceras desculpas aos trabalhadores vitimados pela situação”.

Já a Cooperativa Garibaldi informou ter recebido “com surpresa e indignação” as denúncias de práticas análogas à escravidão. A empresa diz ter encerrado o contrato de prestação de serviço e se colocado à disposição das autoridades para colaborar com as investigações.

Também em carta aberta, a Salton informou que, ao tomar ciência “do gravíssimo resgate ocorrido nas dependências da empresa prestadora de serviço, suspendemos imediatamente o contrato de trabalho”, diz o comunicado.