PRF mata quatro supostos garimpeiros ilegais em confronto na terra yanomami

Quatro homens foram mortos por agentes da PRF (Polícia Rodoviária Federal) na noite deste domingo (30) durante um suposto confronto na Terra Indígena Yanomami.

PRF mata quatro supostos garimpeiros ilegais em confronto na terra yanomami

O governo afirma que o ataque foi promovido por garimpeiros ilegais que atuam na terra indígena. Os servidores chegavam ao local para impedir a ação criminosa.

O ataque ocorreu durante tentativa de desembarque da aeronave, quando criminosos, munidos de armamento de grosso calibre, atiraram contra os agentes no intuito de repelir a atividade de repressão ao garimpo ilegal. Os policiais revidaram e atingiram quatro atiradores, que não resistiram aos ferimentos“, afirmou a corporação, em nota.

De acordo com a PRF, foram apreendidos um fuzil, três pistolas sete espingardas, entre outros materiais para confronto (munições, carregadores, coldre, por exemplo).

A PRF afirma que ocorreram outros ataques. “Recente histórico aponta para ocorrências em outros acampamentos clandestinos, como nas comunidades Maikohipi e Palimiú, sempre na tentativa de inibir o trabalho de desintrusão das terras demarcadas.”

O ataque ocorreu um dia após três indígenas serem baleados dentro na região, em ação também atribuída a garimpeiros ilegais. Um morreu e dois estão hospitalizados.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu enviar para a região uma equipe com as ministras Sonia Guajajara (Povos Indígenas) e Nísia Trindade (Saúde).

Ao comentar o ataque deste sábado, a ministra dos Povos Indígenas reconheceu que “ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território“.

“Uma comitiva interministerial está a caminho de Roraima para reforçar ainda mais as ações de desintrusão dos criminosos. A situação de invasores na TI Yanomami vem de muitos anos e, mesmo com todos os esforços sendo realizados pelo governo federal, ainda faltam muitas ações coordenadas até a retirada de todos os invasores do território. Solicitamos reforço do Ministério da Justiça para investigação da PF sobre este caso.”