SUS pretende usar inteligência artificial para agilizar atendimentos

A iniciativa cria uma rede nacional de dados que permite que usuários do SUS tenham perfis acessíveis por qualquer profissional de saúde. Dessa forma, todos os [...]

SUS pretende usar inteligência artificial para agilizar atendimentos

A iniciativa cria uma rede nacional de dados que permite que usuários do SUS tenham perfis acessíveis por qualquer profissional de saúde. Dessa forma, todos os procedimentos e recursos utilizados por esses pacientes estarão disponíveis em um banco online. De acordo com o ministério, dados como vacinação, procedimentos cirúrgicos, exames, consultas regulares e medicamentos receitados constarão na ficha médica do paciente.

De acordo com o ministro, o uso de tecnologia para criar filtros e estabelecer parâmetros nos atendimentos agilizará as filas de espera e, também, auxiliará na distribuição de recursos estaduais e municipais de forma mais inteligente.

A expectativa do ministro é que metade dos estados brasileirosestejaligadaao Conecte SUS até o final de 2021. Leia abaixo a entrevista concedida àAgência Brasil:
Agência Brasil:Os dados dos perfis de usuários do SUS poderão ser usados pela rede privada? O usuário pode levar essa "ficha médica" para fora do SUS?
Luiz Henrique Mandetta:Sim. A ideia é propagar a informação entre os estabelecimentos públicos e privados. Desde que sejam atendidos todos os critérios técnicos de segurança.

Agência Brasil:Esse novo sistema influencia no tempo de espera do SUS?
Mandetta:Acreditamos que, a partir do uso da Rede Nacional de Dados (RNDS), teremos uma visão macro sobre os padrões de atendimento e, com isto, gerar dados robustos para a tomada de decisão, entre elas, a diminuição da fila. Ouso de inteligência artificial pode auxiliar a identificar prioridades.

Agência Brasil:Qual a estimativa para que o projeto atinja 100% de cobertura?
Mandetta:O piloto em Alagoas nos ajudará a ter esta visão do impacto do Conecte SUS. O primeiro objetivo é conectar todos os municípios, todas as unidades, para os gestores mapearem as necessidades. Com isso, o gestor pode gerenciar a unidade de saúde. Para um gestor estadual, é o conjunto de cidades e seus indicadores, para poder diminuir a mortalidade infantil e materna, melhorar a saúde mental, garantir o estoque de medicamentos, diminuir a interrupção de medicamentos, abastecer melhor a rede. Em Alagoas, teremos um retrato 3?-4 do que vamos encontrar no Brasil no ano que vem.Temos a intenção de termos, até o final de 2021, mais da metade dos estados brasileiros cobertos.

Agência Brasil:Há novas iniciativas tecnológicas planejadas para o atendimento público de saúde?
Mandetta:Trabalhamos com a possibilidade de ter a carteirinha de vacinação digital, um padrão de prescrição nacional de medicamentos, de diminuir as fraudes e o mau uso dos serviços de saúde, entre outros.