Priscila Fantin revela o que a fez sair de intercâmbio para papel em "Malhação"
Nesta semana, o programa Mulheres Positivas recebeu a atriz Priscila Fantin.
Nesta semana, o programa Mulheres Positivas recebeu a atriz Priscila Fantin. Em entrevista à apresentadora Fabi Saad, ela deu detalhes sobre a sua primeira oportunidade na atuação. A artista estava em um intercâmbio em Montana, nos Estados Unidos e foi chamada para voltar ao Brasil e participar de Malhação como figurante, mas só aceitou na terceira tentativa, quando foi confirmada no elenco oficial. “Tinham me chamado para fazer a figuração e eu achava que não valia a pena, depois me chamaram para o elenco, que tem uma fala ou outra, às vezes está atrás da fila. Preferi continuar na minha experiência com o intercâmbio. Depois, eu fiz um teste com o texto e eles gostaram da forma como interpretei. Foi o primeiro que li em frente a uma câmera, havia um faro para quem conseguiria. O diretor revelou várias atrizes, viu alguma coisa, achou que ia funcionar e na quarta semana eu voltei para o Brasil’, contou. “Pensei que tanta gente gostaria dessa oportunidade, se está caindo no meu colo tem algum motivo. Não posso negar uma coisa, a vida está querendo me colocar num lugar que eu não posso dizer não. Às vezes a vida te traz coisas que você tem que entender que é um chamado, uma lição, uma coisa que precisa ser chamado. Voltei para fazer um teste, cinco aviões de Montana para o Brasil. Quando eu vi, já tinham passado dez anos. Fui aceitando os desafios”, contou.
Priscila também contou de quando foi diagnosticada com depressão e as peculiaridades de seu diagnóstico. “Fui diagnosticada com depressão, era um outro contexto. Acho que as causas são várias, vários tipos e causa. no meu caso tinha tanto uma questão química, meu corpo produz pouca serotonina, e também tinha uma questão de não ter tido tempo para o meu autoconhecimento até atingir um dia a dia de trabalho que não permitia certas vivências que me seriam necessárias. Sempre quis seguir os passos da minha irmã. Fui porque achava legal, minha irmã fotografava também. Gostei do ambiente da publicidade, da cenografia, a luz e as cores. Meus olhos se voltaram para essa possibilidade”, disse. Ao focar na carreira intensamente, Fantin conta que não chegou ao autoconhecimento e passou por uma crise de percepções. “Assumi um dia a dia de muto trabalho sem ter terminado de me formar, foi meio de uma hora para a outra mesmo. Estava ali sem entender nada e dando conta, mas não de pensar em mim e vivenciar o meu processo. Eu vivia as personagens, a vida me obrigou a parar. Comecei a ficar diferente, estranha. Eu não entendia o que estava acontecendo comigo, estava com medo de pessoas, querendo ficar escondida. A vida me fez parar e começar um processo de autoconhecimento que não acaba nunca”, descreveu.
Como conselho para outras mulheres, ela ressaltou a importância dos limites pessoais e do autoconhecimento. “O processo de autoconhecimento é para sempre, nunca acaba. A gente também muda o tempo todo, mas ele vale muito a pena. Faz você questionar muitas cosias, mas vale muito a pena, você entende os seus próprios limites. É fundamental para todas as suas relações na vida, nas profissionais também é muito importante saber seus limites. Só se amando você estará apta a amar outra pessoa e o outro poderá entrar na sua vida, senão você pode confundir as relações, entrar em vazios. Saiba seus limites e saiba dizer não”, destacou. Como livro, ela indicou “A Ditadura da Beleza”, de Augusto Cury. Como filme, ela relembrou a obra “Eu, Tonya”, em que Margot Robbie vive uma patinadora. Como mulher positiva, ela afirmou se inspirar na própria trajetória. “Quando a gente olha para trás, vê o que a gente já passou e pensa que está aqui e bem, apesar de tantas cosias. Sou muito legal, quando a gente faz um retrospecto da nossa vida, a gente pode pensar mais. Seja você a mulher que você mesma admira”, concluiu.