Suspeito de estuprar irmãs é preso ao ser reconhecido enquanto caminhava em bairro de Campo Grande

Suspeito de estuprar irmãs é preso ao ser reconhecido enquanto caminhava em bairro de Campo Grande

Guarda municipal estava de folga quando o flagrou por volta das 6h desta sexta-feira (13). Homem foi levado para delegacia e será interrogado. Momento da prisão de suspeito de estuprar irmãs e agredir bebê em MS

Polícia Civil/Divulgação

A Polícia Civil prendeu por volta das 6h (de MS) desta sexta-feira (13) no bairro Guanandi, região sul de Campo Grande, o homem suspeito de estuprar duas irmãs e agredir um bebê. Um guarda municipal, que estava de folga, flagrou ele caminhando na rua e o prendeu após tirar uma foto, enviar nos grupos policiais e ele ser conhecido como foragido da Justiça.

"O guarda viu ele perambulando na região do Guanandi e conseguiu detê-lo após o reconhecimento dele nos grupos policiais. Ele será interrogado na delegacia e vamos ver se ele confessa ou o que tem a dizer sobre os crimes. A esposa dele também passou por um longo interrogatório e ele ficou de se apresentar, mas, também foi um advogado lá e agora conseguimos a prisão, com o apoio da população fazendo denúncia e a mobilização das forças policiais", afirmou ao G1 a delegada Anne Karine Trevisan, responsável pelas investigações.

Esposa do suspeito disse que sabia de crimes hediondos, mas, "quis ajudar"

A técnica de enfermagem, de 54 anos, que há 5 convivia com o homem suspeito de estupros, em Campo Grande, prestou depoimento e alegou que sabia de crimes hediondos cometidos "do passado" cometidos por ele. No entanto, a mulher disse não imaginar que ele ainda estaria cometendo infrações.

"Ela falou que sabia que ele ficou 8 anos preso, em regime fechado, por crimes hediondos. Esse é o termo que foi usado por ela no depoimento. A mulher ainda disse: eu quis ajudar", afirmou na ocasião a delegada.

Ainda conforme o depoimento da técnica de enfermagem, ela e o suspeito se conheceram no presídio e mantiveram contato por rede social. Além dela, os policiais também estiveram na casa da mãe do suspeito. No local, a idosa informou não ter informações do paradeiro dele.

Foragido da Justiça

José Maria Rodrigues Pereira, de 41 anos, apelidado de "Faustão", teve o mandado de prisão decretado no início desta semana. Ele é apontado como o homem que estuprou duas irmãs, de 13 e 16 anos, além de agredir um bebê de um ano de idade - irmão das adolescentes, em uma casa no Jardim Colorado.

Também foram divulgadas pela polícia várias fotos do suspeito. Pereira é foragido do sistema aberto de Campo Grande, onde cumpria pena pelos crimes de furto, roubo e estupro. Sua condenação é de 1998.

Imagem divulgada pela polícia de estuprar 2 adolescentes e agredir bebê em MS

DPCA/Divulgação

Entenda o caso

O caso mais recente ocorreu há 10 dias. Segundo à polícia, o suspeito esperou a mãe das adolescentes e do bebê sair de casa para pular o muro e invadir o imóvel. Logo após trancar o portão, uma das meninas foi abordada por Pereira, já dentro da cozinha da residência.

"Ele usava facas para ameaçá-las, usou a corda de uma rede para amarrá-las, as agrediu fisicamente, estuprou a mais velha e obrigou a mais nova a filmar. Depois praticou atos libidinosos com a mais nova [o que caracteriza o estupro de vulnerável]. Ele também deu um tapa no rosto do bebê de 1 ano que estava chorando. Usou de bastante violência, esse é o modus operandi dele, os estupros que ele já responde têm essa característica na forma dele atuar", ressaltou na ocasião a delegada.

Conforme Anne Karine, o homem invadiu a casa, rendeu as vítimas e em meio aos abusos e ameaças ainda comeu bolo e bebeu leite, espalhando suas digitais por toda a casa. Somente depois é que ele encontrou uma caixa de luvas cirúrgicas, da mãe das vítimas, que é técnica de enfermagem.

Depois de cometer o crime, à polícia diz que o homem deixou uma das adolescentes amarradas, roubou alguns objetos da casa, jogou a chave dentro do imóvel e mandou que elas contassem até 200. Aterrorizadas, as vítimas obedeceram. Contaram, depois se soltaram e conseguiram pedir ajuda.

Segundo a polícia, quem quiser fazer denúncias do paradeiro de José Maria pode ligar no telefone: (67) 3323 - 2500. O sigilo é garantido.