Além de erro em notas, Enem já teve roubo de prova e escolas ocupadas; relembre

Além de erro em notas, Enem já teve roubo de prova e escolas ocupadas; relembre

ENEM 2009

No primeiro ano com o atual formato, valendo ingresso para universidades públicas em todo o país, a prova vazou dois dias antes da aplicação.

Um funcionário de uma empresa de segurança que trabalhava na gráfica que imprimia as provas furtou uma cópia e tentou vendê-la ao jornal O Estado de S. Paulo. A veracidade do material foi confirmada e o então ministro da Educação Fernando Haddad cancelou o Enem.

Uma década depois, ninguém foi preso por causa disso. Quatro envolvidos no vazamento e na tentativa de vender o material foram condenados em 2011 pela Justiça Federal, mas recorrem em liberdade.

Na época, o prejuízo calculado pela Procuradoria Federal foi de R$ 45 milhões, com a aplicação às pressas de uma nova prova ainda naquele ano (o valor equivale a R$ 80 milhões com atualização da inflação).

ENEM 2010

Noano seguinte, em 2010, houveuma falha na impressãoe os candidatos que faziam provas em cadernos amarelos perceberam questões repetidas e até faltantes. Nos gabaritos, cabeçalhos das provas de ciências humanas e ciênciasda natureza foram tocados.

A Justiça Federal mandou suspender a prova, mas, ao fim do processo, só os alunos que receberam as provas com falhas precisaram repetir o exame.

Além disso, a Polícia Federal descobriu que uma aplicadora de Remanso (BA), teve acesso ao tema da redação duas horas antes da aplicação da prova, e avisou o filho em Petrolina (PE).

ENEM 2011

Em 2011, o Enem trouxe 14 questões repetidas de um simulado aplicadouma semana antes em uma escola de Fortaleza. A Justiça Federal decidiu pela anulação dessas questões para os alunos do colégio. Um ano antes, aescola havia participado de um pré-teste, uma das etapas de elaboração da prova para avaliar o grau de dificuldade das questões.

ENEM 2014

Parte dos estudantes que fizeram o Exame em 8 e 9 de novembro de 2014 tiveram problemas pontuais, como falta de energia elétrica, e puderam refazer a prova em 9 e 10 de dezembro daquele ano –o que é comum. Mas 31 estudantes de Pernambuco tiveram que fazer a prova uma terceira vez: o caminhão dos Correios que transportava os cartões de resposta e as provas de redação desses alunos foi roubado no Rio de Janeiro.

O caminhão roubado levava também as provas de 1.674 presos, e o exame teve que ser reaplicado mais uma vez em 45 presídios de 23 cidades do Ceará e Pernambuco.

ENEM 2016

Em 2016, centenas de escolas pelo país foram ocupadas por estudantes em protesto contra a PEC241 (que limitou os gastos com educação), a reforma do ensino médio e o projeto Escola SemPartido. Boa parte desses colégios teria aplicação do Enem, e os 274 mil inscritos nesses locais precisaram fazer a prova em uma nova data.

ENEM 2019

Apesar de o ministro da Educação comemorar que não houve falhas no primeiro Enem sob o governo Bolsonaro, houve pelo menos dois casos em que fotos do exame vazaram antes do fim da aplicação da prova, tanto no primeiro quanto no segundo dia do exame.